sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Para um desejo natalino.

Brasília, 25 de dezembro de 2009.

H. R.,

Pensei em várias pessoas que poderiam merecer uma carta como essa, mas sabe, senti falta do meu velho amigo que sentava com seu jeito tímido e paciente para ouvir minhas velhas bobagens. Senti falta do cara inteligente que acreditava no meu potencial e que me dava chocolate só por saber que eu não resistia a eles. Senti falta das nossas conversas, senti falta de você.
Quis te enviar uma mensagem, mas pela primeira vez nesses 5 anos fiquei tímida diante do meu sumisso. E é verdade, sumi, me afastei. Esse ano percebi coisas que iam além dos velhos amigos de E. M. e notei que de repente já não éramos mais os mesmo. Os conceitos mudaram, e como mudaram. A moderninha passou a ser antiquada e os conservadores começaram a liberar a mente, mas eles não se encontraram quando chegaram nesse meio termo.
É difícil perceber, mas principalmente assumir, que você passou muito tempo acreditando em algo que nunca foi real. E eu aprendi isso. Aprendi que amigos são eternos no espaço do presente e que relacionamento nenhum aos 18 é pra sempre. Sim, logo eu, que sempre disse isso, que sempre soube disso na teoria, pude, então, viver na prática e no sentido mais amplo do que essas palavras significaram.
A menina durona passou a ser apenas uma mulher sensível. A garotinha que chorava sozinha nos corredores já não conseguia mais esconder as lágrimas. E num segundo o mundo parou e começou a girar ao contrário.
As coisas não eram mais fáceis que as equações gigantescas que você colocava no quadro para nos assustar, lembra: derivadas e integrais. Você tinha o dom de se divertir com nossas caras de desespero e soltar aquele sorriso bobo e meio de ladinho enquanto usava aquele apagador gigante. As vezes acho que o tempo embaralha nossas lembranças e a gente esquece coisas como as fórmulas de física, mas não a forma como as pessoas olharam pra você um dia, mesmo que seja aquele gordinho simpático na fila do verdurão.
Sabe, hoje é noite de Natal e eu só tenho um desejo: quero ter o sentimento de que tudo é bom enquanto durar e ainda assim não esquecer daquele olhar. Quero me lembrar sempre daquele olhar de compaixão da M. B. ao me flagrar chorando pela primeira vez, da I. [b] S. com seu olhar de cúmplice quando viramos nossa primeira madrugada roubando sorvete e afogando as mágoas dos amores frustrados que arrumávamos, até do olhar sem palavras da M. [m] C. pela fresta da porta no dia que saiu o resultado do vestibular, do brilho dos seus olhos na nossa formatura ou do olhar inocente do meu pequeno J. V. perguntando se aquele batom todo ia sair da bochecha dele um dia.
Só quero isso, uma boa lembrança, uma boa dose desses olhares de novo. E quero isso pra mim e pra você.
Te amo e sinto falta do seu bom olhar amigo
Beijo
F. [s] T.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Para ser a típica carta a não ser entregue.

Brasília, 9 de novembro de 2009.

R. M.,

Não consigo parar de pensar em você e volto a dizer que me sinto uma tosca adolescente de 15 anos de idade.
Sempre me orgulhei de dizer que minhas grandes paixões eram diferentes das que minhas amigas tinham. Eu achava que tinha o dom de controlá-las, mas hoje só consigo acreditar que até te conhecer não havia vivido uma verdadeira paixão adolescente.
Quando digo "paixão adolescente", me refiro àquela que parece que não vai acabar nunca, que arranca sorrisos sem motivos e que deixa uma dor momentânea insuportável.
Nos meus relacionamentos anteriores, eu sempre fui a forte, a decidida, mas hoje não consigo entender toda essa insegurança em relação a você.
Sei que a probabilidade de tudo isso dar certo é mínima, apesar dos pesares continuo uma pessoa racional. Só que não entendo o porquê de não conseguir parar de apostar as fichas nesse sentimento.
Hoje, ouvindo D., ouvi o seguinte verso: "teus sinais me confundem da cabeça aos pés". Desde o começo, teus sinais me confundiam e eu adorava tentar decifrá-los, mas, mais do que nunca, queria não confudi-los, na verdade, queria nem percebe-los.
Assim parece que essa agonia vai apertar menos meu coraçãozinho. E assim, eu poderia voltar a ser só aquela menina que acredita que sabe o que é um amor de adolescente.
F. [s] T.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Para uma auto compreensão.

Brasília, 22 de outubro de 2009.

R. L.,

Oi amigo! Tudo bom? Acho que nunca te escrevi uma carta antes, mas nos últimos dias tenho dividido todas as minhas angustias amorosas com você seja na faculdade ou no Tio Juca que ninguém mereceria mais essa carta do que você.
Pois é... Que semaninha viu?! Passei a noite pensando no quanto sou uma pessoa que não sabe ter um relacionamento, ou pelo menos, não sabe manter um. Será que sou baixa demais? Gorda demais? Chata demais?
Será que é esse meu jeito de sorrir pra todos, de cumprimentar todos, de abraçar, de beijar e dizer que gosto de todo mundo? Será que é a quantidade de amigos homens que tenho? Desde quando isso significa ameaça pra vocês, homens? Tanta coisa que não entendo e que não saem, ou melhor, saiam, da minha cabeça.
Passei meses pensandos que as pessoas se apaixonavam por mim exatamente por essa espontaneidade e não, agora, já acho que é ela que afasta os meninos de mim. Será que to certa? É isso ou não é? Malditas sejam as dúvidas viu?!
Mas sabe... Pensei nisso tudo ontem, anteontem e ante-anteontem e no final de tudo cheguei a uma conclusão. NÃO! O problema não sou eu, são eles! Ainda não nasceu um homem pra entender meu "jeito liberdade" de ser. E quer saber? Não ligo, não mais.
Pra estar comigo, agora, é preciso saber me acompanhar, baby. ME acompanhar!
Beijos
F. [s] T.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Para reescrever velhos sentimentos.

Brasília, 15 de outubro de 2009.

M. [a] A.,

Todo dia minha saudade de você aumenta um pouquinho. Esse sentimento de ausência vem crescendo e crescendo, tomando conta dos meus pensamentos e deixando sempre um gostinho de nostalgia.
Todo dia ligo meu computador e gasto, sem pressa de acabar, 5 minutos do meu "precioso" tempo olhando tua foto. Sim, precioso entre aspas, porque tempo nenhum vale mais do que a sensação que sinto ao te olhar. Não é atoa que o papel de parede do meu computador é uma foto sua, sabe... Um pequeno detalhe que me deixa te sentir um pouco mais perto de mim.
Todo dia, também, descubro que tem mais e mais pessoas que te amam, como eu, a minha volta. Descubro o quão você é querido e me recordo porque te escolhi como meu anjinho. Tenho me deparado, com certa freqüência, confesso, com pessoas que te conhecem e que gostam muito de você, pessoas que me perguntam de onde te conheço e é com um brilho puro e verdadeiro, o mesmo brilho que sei que está nos meus olhos enquanto te escrevo essa carta, que respondo que você é minha constante: constante amor, constante saudade, constante querer bem alguém.
Todo dia sinto que todo esse sentimento bom misturado com a saudade que sinto de você só faz crescer e crescer cada vez mais. Mas isso, acho que deve ser graças a facilidade que é te amar hoje e sempre mais.
É assim, te amo e é por isso que sinto sua falta
e por sentir sua falta é que sei que te amo mais e mais.
Beijos
F. [s] T.

sábado, 3 de outubro de 2009

Para parar de brincar.

Brasília, 3/12 de outubro de 2009.

K.,

Eu não tenho muita coisa pra dizer.
Eu não tenho o mundo pra te dar, uma canção que faça a rima parecer melhor quando você está.
Eu não sei porque a gente tem que entender se por acaso ninguém precisa explicar.
Preciso de um verso apenas pra dizer que com você tudo muda.
Dias de sol, só com você, com direito a horas a mais e rimas iguais, como eu e você.

A um tempo atrás, comecei a escrever essa carta com um propósito tão diferente do de hoje. Pela primeira vez fui em editar e ao invés de apagar resolvi realmente editar algo que já tinha começado a escrever.
Um carta romântica, com um belo inicio. Uma música doce e suave. Pura como o sentimento que ela deveria transparecer: Carinho! E agora é apenas palavra num papel.
Rascunho de um sentimento que acabo de descobri que nunca existiu. É sentir que fui um pedaço de carne e que valia tudo pra ter no prato.
Abrir a porta do carro, presentear, sorrir, elogiar e dizer 'eu amo você' podem não significar o que deveriam. Sinto que participei de um jogo do qual nem sabia que existia, sinto que não quero passar de novo e de novo por isso, pois a sensação de game over não é nada satisfatória.
Não consigo parar de pensar nas coisas que ouvi, nas coisas que ele fez pra destruir o restinho de admiração e das boas lembranças que tinha de nós dois juntos. Como pode você amar alguém por tanto tempo e de repente, nos 10 segundos que se leva pra pronunciar uma frase, tudo deixa de ter sentido?
Porque passei tanto tempo sorrindo quando o nome dele aparecia na tela do celular, quando a janelinha do MSN subia, quando ele dizia que só queria ouvir minha voz? Pra quê tanta saudade, tantos beijos, tanto brilho no olhar? Pra quê tudo isso se num futuro isso nada significaria?
E a pior parte disso é a sensação de ter me afogado novamente nesse sentimento louco. E agora? Como faço querida K.? Acho que não quero mais brincar dessa coisa que é me apaixonar.
F. [s] T.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Para um convite de formatura, para um reconhecimento importante.

Brasília, 08 de dezembro de 2007.

M. [p] T. e M. [m] C.,

"As vezes a vida é tão perfeita, não? Ela tem de ser, pra compensar tudo de ruim que acontece.
Você tem de aprender a andar, tem de aprender a falar... Tem de usar o chapéu ridiculo que sua avó compra pra você.
Sua opinião não conta!
Quando você cresce um pouco, pode escolher seus chapéus, mas não pode escolher o que botam nas almôndegas da cantina ou quando se apaixonar.
As coisas acontecem e você tem de se virar."
Finalmente! Agora chegou a hora de me virar sozinha. Não nego que vai dando um friozinho na barriga e são tantas sensações...
Eu só quero agradecer por vocês, nesses 11 anos, terem acreditado em mim, no meu potencial. Obrigada por investirem no futuro e na realização de um sonho.
Agora é hora de correr atrás de novos sonhos, de conquistar o mundo lá fora. "Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome."
Amo vocês.
F. [s] T.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Para responder um 'pra quê'.

Brasília, 27 de agosto de 2009.

A. [b] M.,

É tão cedo e já estou com vontade de escrever. Isso me lembra nossos tempos de carinho que, durante as aulas de filosofia, eu viajava escrevendo coisas de amor pra você. Antes pensava no A. [b] M. paixão, hoje penso no A. [b] M. carinho. É incrível como quando penso em você não consigo esconder o sorriso de admiração.
Como pode duas pessoas terem se amado tanto, não estarem juntas e ainda se admirarem como a gente faz? É tanto respeito, é tanta cumplicidade. Como pode outras pessoas não serem assim?
As pessoas gastam tanto seu amor enquanto estão juntas que quando não estão mais não sobra nada além de uma mágoa profunda.
Eu não tenho a ilusão de que todo amor é eterno, não sou ingênua a esse ponto! Mas não consigo compreender como pode não restar nenhum sentimento bom por alguém que você já amou.
Sabe o que penso logo depois de tudo isso?
Pra quê mais gente assim se já existe nós dois?
Porque sim, nós nos amamos por todos os outros do mundo. Egoísta ou não, nosso amor é assim.
Com um afeto único
T. A. [ex]N.
F. [s] T.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Da mulher que melhor pode te conhecer.

Brasília, 10 de novembro de 2006

F. [s] T.,

F., F., N. ou S... Não importa! F. é essencialmente formada por gente.
N. é feita por gente que se foi... Como seu vô W., vô E. e vó Z.. Por gente presente... Seus pais, seu irmão, E. [z] L., M. [i] R., D. L.., V. B., A. [n] J.,C. L., B. R., L. L., T. [z] D., F. [p] R., T. [m] L., T. [d] A, I. [b] S., R. A., R. [b] B., M. Q., T. C., B. S., P. M., M. B. ... Impossível relacionar tanta gente!
Por gente que mora longe: vó M., dindos, tios, primos e amigos que se mudaram. Por gente que ainda está por vir. Por gente mais gente e mais linda que existe e que ilumina a sua fé.
É uma mustura de raças, ancestrais, família e amigos. E não adianta fingir que dentro dela não vai caber mais ninguém, porque pra ela, a coisa mais gostosa do mundo é abrir o coração para novos amigos e se deixar apaixonar.
O mundo para S. é como um baleiro, só que ao invés de guarda balas, ela guarda gente. Gente que vê pouco e gente que vê todos os dias.
Gente para ser filha, irmã, amiga, fada. Gente para sorrir, chorar, ser exemplo, cantar, dançar e amar incondicionalmente...
Gente de vários sabores, gente de diferentes amores.
Gente para ser gente que vive dentro de outra gente!
Te amo sempre e pra sempre.
M. [m] C.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Para cartas modernas, criativas e sentimentais.

Brasília, 21 de agosto de 2009.

A. [d] P.,























Te adoro!
F. [s] T.

domingo, 2 de agosto de 2009

Para um aniversariante querido.

Brasília, 30 de julho de 2009.

F. [c] L.,

Hoje é um dia belo. Belo não só pelo céu, por mim ou por você, nem mesmo somente pelo o dia em si. É belo por você está aqui, comemorando mais um ano de vida, mais um recomeço.
"Aniversariar", como eu costumo dizer, é isso. Um recomeço! Uma festa de reveillon particular, individual e especial. Nós temos mania de dizer que o ano comça dia primeiro de janeiro, mas não é assim, nosso ano deveria começar a mudar no dia do nosso aniversário. Mas isso tudo é uma teoria só minha que pode até não significar muito, mas ainda assim é o que te desejo hoje, amanhã, depois e depois: recomece.
Recomece a sorrir, amar, desejar e sonhar. Dê um novo começo, um novo sentido a tudo isso que anda se passando. Sei que nos últimos meses muita coisa mudou na sua rotina, a maioria delas que não parecem ter sentido ainda, mas vão ter. Você vai ver que mudança nenhuma, por mais radical e involuntária que seja, vem com outro propósito que não seja o nosso bem.
No mais te desejo mais. Mais amores, mais amigo, mais realizações, mais aventura, mais publicidade, mais vontade, mais festas, mais cachaça, mais beijo, mais abraço, mais, mais, muito mais tudo de bom.
Com um carinho enorme e uma vontade louca de compartilhar
tudo isso com você de agora em diante.
F. [s] T.

domingo, 12 de julho de 2009

Para quem não soube me amar.

Brasília, 12 de julho de 2009.

A. [b] M.,

Eu fico pensando porque passamos por isso cada vez que nos esbarramos numa tarde de futebol qualquer, porque remoer esse passado de momentos e sentimentos incertos. Você diz que tem medo de amar a menina e se machucar com a mulher, mas você não sabe que essas coisas que você diz me deixam mal, me deixam confusa porque na verdade, no fundo, bem no fundo, quem não soube me amar foi você.
Não to excluindo minha parcela de culpa em todo o relacionamento confuso que nós tivemos há muito tempo atrás, também não to esquecendo que com o passar do tempo as coisas e pessoas ao nosso redor mudam. Só que eu não posso simplesmente deletar a forma errada como você conduziu e ainda conduz as coisas.
Você não deu valor no sentimento puro que eu tinha, no amor inocente e nem nos pequenos gestos. Dizer que amava você não era um sacrificio porque não te amava, mas porque assumir isso era doloroso. A dúvida sobre a reciprocidade de qualquer sentimento é a pior coisa que se pode ter. Mesmo assim eu me esforcei em cada segundo para não te decepcionar ou magoar.
Mas ainda assim não foi suficiente naqueles tempos, e hoje também não seria. Incrivelmente, quem tem medo de se envolver hoje é você. Medo por saber que demoraria muito mais tempo que antes pra voltar ao ponto em que paramos.
Eu ainda me pergunto porque você não deu valor? Porque você demorou tanto tempo para entender que eu sou diferente, que eu amo diferente, que eu sinto diferente? Porque você não me deu espaço, nem tempo pra mostrar isso? Porque você trancou nosso amor num quarto? Pena você ter achado que eu ficaria ali, estacionada no tempo pra quando você quisesse voltar.
Com o tempo, as coisas realmente mudam. Os amores e formas de amar. Só queria que você entendesse que tentar reviver isso de novo não dará certo porque você não soube me amar. E hoje, dificilmente, saberia fazê-lo.
Ainda continuo te amando do meu jeito puro e torto.
Da eterna amiga, apenas amiga
F. [s] T.

domingo, 28 de junho de 2009

Para começar a cuidar do meu jardim.

Brasília, 26 de junho de 2009.

F. [c] L.,

Você me designou uma missão bem dificil essa semana, escreve uma carta que não fosse triste porque, segundo você, minhas cartas são todas tristes. Eu discordo em partes disso. Em partes porque acho que elas tem muito de saudade, mas a saudade é feita pra ser triste na maioria das vezes, logo, em partes concordo com a tristeza delas. Rs.
Não sei se você vai gostar das coisas escritas aqui, mas vamos lá.
Esse ano ganhei de presente surpresa uma pessoa incrivelmente maravilhosa no meu dia-a-dia. Você. Um amigo que vou levar além dos desesperos por não conseguir fazer os trabalhos, além das idas no C.A. e além das farras da vida.
Mulequinho que cuida de mim, mesmo que pelo msn. Foi chegando devagar e ganhando um espaço todo seu né?! Pois é. Já era! Ficou sendo o calouro querido da F., e querido no sentido mais amplo e puro dessa palavra.
Acho que mais do que uma carta "feliz", eu acho que essa é uma carta de reconhecimento, de "dar valor" a quem merece. E bom, que seja a primeira de muitas e que as próximas sejam sempre cartas assim e não cartas de saudades.
Beijos de quem te quer sempre bem.
F. [s] T.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Para ir além do viveram felizes para sempre.

Brasília, 22 de junho de 2009.

D. L.,

Acabei de sair do seu Orkut e te deixei um recado assim: Amo você!. Depois que o enviei percebi que sinto falta de escrever pra você, mas de escrever de verdade. Cartas com páginas e páginas dizendo velhas rotinas. Senti falta de te ligar, de ficar ouvindo sua voz por horas e horas no telefone. Falta da sua risada. Falta do seu abraço, de deitar no seu colo e ganhar um cafuné, de ter que brigar com você pra colocar um pingo de juizo nisso que você chama de cuca.
Já tá tarde pra te ligar e pra dizer tudo isso, principalmente porque sei que se fizer isso nós acabaremos brigando por eu ficar tanto tempo sem ligar ou aparecer, por não te contar as coisas que acontecem na minha vida e pá. Acho que hoje descobri porque escrevo cartas e acho também que nunca te contei.
Escrevo por ser minha valvula de escape, meu jeitinho único de não encarar meus medos de procurar pessoas que não vejo ou falo a muito tempo. Medo das coisas não serem como antes, elas nunca são né?! Engraçado como sempre te digo isso e morro de medo disso tudo.
Engraçado como sou forte e guerreira pra você e no fundo não sou nada mais que uma criança presa num quarto escuro morrendo de medo do bicho papão.
Eu só queria aquelas velhas conversas de pilastra num pátio cheio de gente ao redor e que não fazem a menor diferença simplesmente porque você está lá, porque você segura na minha mão, sorri e fim. O mundo para de girar e só existe nós dois e aquele momento.
Certeza que se eu dissesse isso pra você no telefone você ia perguntar: F., você tá de TPM?. Eu ia soltar uma risada, te chamar de bobo e chorar um pouco sem que você percebesse. Odeio que você me veja chorar, pois sempre acho que isso vai fazer você desacreditar um pouco no conto de fadas da melhor amiga coração de pedra e cabeça no lugar. Amo ver nossa história escrita assim: conto de fadas.
E paro por aqui antes que solte um final feliz e ponha um fim nisso que ainda temos pra viver.
Amo você, mais do que no viveram felizes para sempre
porque o pra sempre é e vai ser sempre pouco pra nós.
Beijos
F. [s] T.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Para uma data comercial transformada em sentimento.

Brasília, 12 de Junho de 2009.

Ao namorado inexistente,

Boa tarde, amor. Hoje é o nosso dia, dia que o comércio criou para supostamente nos homenagear, ou seja, sugar as últimas economias que sobrou da mesada do mês passado, já que a desse mês só sai dia 15.
Credo...Você conseguiu arrumar a namorada mais chata desse mundo né?! Que fica sendo sensata 24h por dia, 365 dias no ano. Sei que não sou a pessoa mais "bichinha" desse mundo, nem a mais cheia dos carinhos e você sabe que não é porque não sei ser, mas porque acho que desaprendi a ser tudo isso.
As palavras doces as vezes ficam presas na ponta da caneta dominadas por um medo de demonstrar o que estou sentindo e te assustar de vez da minha vida porque acho que prefiro ser uma pedra em forma de gente do que não te ter do meu lado.
Sim, medo! Essa gigante fortona aqui morre de medo de um dia te não ter mais seus cafunés e suas poesias ao pé do ouvido na frente de uma fogueira. Morre de medo de ter que ir caminhar sozinha em volta do lago ou de ficar doente, acordar e não te ver ali ajoelhado no chão do meu quarto vigiando meu sono.
É, meu amor, talvez eu não seja tão durona quanto tento ser. É que não quero um dia olhar pro que a gente viveu e sentir que foi só um tempo, mas quero que seja a boa lembrança das minhas manhãs, tardes e das minhas noites.
Você deve tá estranhando o tanto de "amor" que coloquei nessa carta hoje, já que não é meu maior costume, mas é que hoje queria te dizer o que nunca disse, te contar um daqueles grandes segredos que você diz que eu guardo cada vez que respondo um: não é nada não!
Meu bem, amar é tão mais fácil quando penso em você, quando estou com você e até mesmo quando sinto a saudade de você. Tudo com você tem um gostinho diferente, gosto de algodão doce, gosto de bala de caramelo, mas principalmente um gostinho de quero mais cada vez que paro de te beijar.
Nesse dia dos namorados, quero te agradecer por está sempre do meu ladinho e por aguentar esse jeito doido e inconstante que sei que tenho.
Amo você, assim do meu jeito torto e diferente, mas amo você.
Beijos
F. [s] T.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Para uma sensibilidade compartilhada.

Brasília, 01 de junho de 2009.

I. [b] C.,

Fiquei hoje pensando um tempão naquelas velhas bobagens de sempre.
Depois de chorar assistindo um especial do R. C. na televisão, além da "louca" sensibilidade que percebi, passei horas da minha noite me colocando no lugar dos autores das letras de música. Como eles conseguem escrever coisas que se encaixam tão bem pra todo mundo, assim, falando de uma forma geral. Já identifiquei, dediquei e até chorei por alguém com algumas músicas, é como se traduzisse tudo aquilo que eu sinto no exato momento que escuto pela primeira vez.
Como pode alguém não saber que existo e traduzir tão bem a minha personalidade? Será que ele sabe ou será que nós achamos mais fácil usar a linguagem de outra pessoa pra dizer o que pensamos ao invés das nossas próprias palavras? E se a gente tem medo, porque será que ele não tem? É tão mais forte assim que eu, pobre mortal apaixonada?
As vezes acho que já me acostumei a procurar alguém ou certas ocasiões quando escuto certas músicas. Por exemplo, quando ouço a P. T. cantando Grand Hotel lembro logo do fim com o A. B., Z. R com A. V cantando coração bola me lembra aquelas boas e velhas tarde no L. V. sentada na calçada com os T., Borboletas do V. e L. me lembra o R. [c] G., J. e M. com De Tanto te Querer me lembra o E. [d] S. e aquelas boas noites no M. O., o T. [g] me lembra Nosso Xote e são tantas músicas confundindo minha mente, me trazendo boas e velhas recordações, sensações e novos desejos.
É desejo de ter de volta ou não ter nunca mais. É pensar que aquela música pode não lembrar nada agora, mas que um dia terei um momento, uma cena perfeita pra ela. É vontade de colocar uma trilha sonora em tudo que faço nos meus dias, nas crises de riso no meio do corredor e nas lágrimas escondidas no banheiro frio de um restaurante qualquer.
Não sei bem porque escrevi essas coisas pra você se nunca fomos tão amigas, arriscaria dizer que na verdade nunca passamos de conhecidas devido as esbarradas por ai, sempre com tentativas frustradas de nos entender. Mas sei que um dia você já compartilhou desses mesmos pensamentos que tenho nessa noite, então nada mais justo que ter a minha chance de compartilha-los com você, mesmo que seja tarde de mais pra algo assim.
F. [s] T.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Para se declarar a luz da lua.

Rio de Janeiro, 1968.

C.,
A noite perguntou ao bobo:
-O que te importa mais na vida além do amor dessa menina?
E o bobo respondeu :
-Nada mais noite, só C.!
-E a sua luta
-C.!
-E o poder?
-C.!
-E a glória?
-C.!
-E o mundo mais justo?
-C., C., C., eu quero que o mundo se exploda se eu não tiver C.. Eu sou o bobo da sua noite menina , eu sou o homem da sua vida.
L. C.
Uma declaração na janela que deveria ser pronunciada sempre, escrita em todos os lugares e ouvida por todas as meninas. É fácil se apaixonar com a declaração certa, e essa, com certeza, é uma delas. [Fica a dica.]
Texto extraido do filme A dona da História de Daniel Filho.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

De uma grande [a maior] inspiração.

[Atemporal]

Menininha,

Desde agora, cinco horas da tarde, até a hora em que for dormir, estarei sozinho, porque disse a todos os meus amigos que estava muito cansado e não queria ver ninguém.
A menininha para quem cuidadosamente reservei esse tempo livre nem se deu o trabalho de me avisar que não viria.
Descubro com melancolia que meu egoísmo não é tão grande assim, pois dei ao outro o poder de me magoar.
Menininha, foi com carinho que lhe dei esse poder. É com melancolia que a vejo usá-lo.
Os contos de fadas são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: "Era só um conto de fadas..." E a gente sorri de si mesma. Mas, no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida.
A espera. Os passos leves. Depois as horas correm frescas como um riacho em meio à relva sobre seixos brancos. Os sorrisos, as palavras sem importância que são tão importantes. Escutamos a música do coração: é linda, linda para quem sabe ouvir...
Queremos muitas coisas, é claro. Queremos colher todos os frutos e todas as flores. Queremos sentir o cheiro de todos os campos. Queremos brincar. Será mesmo brincar? Nunca sabemos onde começa a brincadeira nem onde ela acaba, mas sabemos que somos carinhosos. E ficamos felizes.
Não gosto da estação interior que substitui minha primavera: uma mistura de decepção, de secura e de rancor. Mergulho num tempo vazio onde não tenho mais motivos para sonhar. O mais triste num sofrimento é se perguntar: "vale a pena?"...
Vale a pena todo esse sofrimento por quem nem mesmo pensa em avisar? Certamente não. Então nem sofrimento se tem mais, e isto é ainda mais triste.
Não há Pequeno Príncipe hoje, nem haverá nunca mais. O Pequeno Príncipe morreu. Ou então tornou-se muito cético. Um Pequeno Príncipe cético não é mais um Pequeno Príncipe. Fiquei magoado com você por tê-lo destruido.
Também não haverá mais carta, nem telefonema, nem sinal. Não fui muito prudente, e não pensei que pouco a pouco, com isso, arriscava um pouco de sofrimento. Mas eis que me feri na roseira ao colher uma rosa.
A roseira dirá: "Que importancia eu tinha para você?" Chupo meu dedo, que sangra um pouquinho, e respondo: "Nenhuma, roseira, nenhuma. Nada tem importância na vida. Nem mesmo a vida.) Adeus, roseira."
A. [pp] de S.-E.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Para um príncipe gigante.

Brasília, 18 de maio de 2008.

T. S.,

Te defini como minha alma gêmea musical, mas acredito que esse sentimento vai além dos acordes de um música tocada na madrugada ou de qualquer forró dançado numa noite fria. É te ver numa sala apertada, cheia de gente e me sentir feliz porque você está ali.
Eu entrava naquela sala pra falar com o T. e você sempre lá, quietinho e com um singelo oi. Qual era o segredo que tinha de tras daquele menino timido sentado na frente do computador. Aos poucos se revelou um viciado em video game, é, ainda me deve uma partida no bomberman. Nisso já me via te abraçando, rindo e conversando mil coisas com você. Ir para casa sem passar na C. M. parecia ir embora com a sensação de que não terminei tudo que tinha pra fazer. Quase uma obrigação mesmo, mas a obrigação mais prazerosa das minha 4h de trabalho diárias.
Mas ai Papai do Céu veio e me deu um presente maior: você todos os dias, não mais na sala ao lado, mas sim trabalhando ali na mesma salinha. Me permitindo ver ser sorriso todos os dias, mesmo que por simplesmente esbarrar em você.
É T. S., você anda me acostumando mal com essa presença linda na minha vida. E quer saber da maior? Eu adoro isso!
Você tem sido mais que uma alma gêmea musical. Amigo, companheiro e sorriso, ou melhor, um bom motivo pro meu sorriso. Continue assim, cativando e cativante.
~Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.~
[De um pequeno príncipe para um príncipe gigante]
Com um carinho surreal
F. [s] T.

domingo, 10 de maio de 2009

Para um carinho que vai além da distância.

Brasília, 14 de maio de 2009.

L. S.,

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Acho que esses versos são bem auto-explicativos né?! É bem o que tenho sentido sem parar nos últimos tempos. Saudades de você e do seu colo amigo. "Falas camaradas".
Nós praticamente crescemos juntas, descobrindo mil coisas, mil sentimentos. Cada um no seu tempo é claro, a diferença de idade algumas vezes berrou no desespero, mas nós sempre soubemos entender as necessidades de cada uma. Um momento de cada vez, uma aventura do jeito que cada pudesse viver.
Andei desejando de volta momentos assim. Momentos de inocencia misturados com uma vontade louca de conquistar o mundo, de chorar por parecer tudo sempre muito impossível e no fim do dia soltar uma gargalhada como se todos os problemas do mundo se solucionassem com apenas uma tarde com você.
Sentar na calçada. Papear com sua mãe. Brigar com seu irmão. Cobrar suas notas da escola. Coisas tão bobas que fazem tanta falta, tanta saudade, tanto, tanto e tanto querer.
Acho que tenho mesmo carinho de mãe por você. Gosto de cuidar e te ver sempre feliz e espero que nada que aconteça nesses nossos caminhos, que estã momentaneamente separados, sim, eu disse momentaneamente, possa mudar esse carinho e brilho que nossa amizade tem.
Te amo enquanto houver brilho nos 'corpos mortos' do céu.
Beijo
F. [m] T.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Para uma saudade apenas.

Brasília, 07 de maio de 2009.

X. [lê-se um nome qualquer] Y.,

Hoje, me peguei pensando em você, no teu sorriso e seu jeito de me abraçar. Pensei no seu colo bom e o cafuné gostoso que você fazia quando eu encostava no teu peito.
Você já desejou que o tempo voltasse a uma tarde? Mas quando digo desejar é desejar mesmo, quase que te faz sentir que voltou mesmo. É fechar os olhos e poder sentir o toque, a brisa, o beijo. Você pode sentir até a coceira que a grama deixa em suas pernas.
Acho que agora entendo o verdadeiro significado da palavra "falta".
Falta vai além do não ter mais. É uma daquelas palavras que trancedem o significado que o Aurélio traz. É não ter mais o que tanto deseja e desejar tanto que mesmo que volte a ter não será suficiente. É saudade. É querer. É desejar.
Te tenho tão perto e ao mesmo tempo tão longe que você me faz falta. As coisas não têm a mesma graça sem você, sem seu sorriso. As coisas já não são tão crueis porque nada é pior do que a saudade do seu abraço.
E sabe o que é pior? Sentiria saudades de você até mesmo sem te conhecer!
F. [s] T.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Para o aniversário de uma 'desconhecida'.

Brasília, 26 de abril de 2009.

A. M.,

Queria encher esse papel de coisas legais, bonitas e divertidas. Encher de flores, corações e sorrisos, mas é díficil colocar em palavras o que só da pra sentir com o coração.
Que nessa data de hoje você possa ter todas as coisas boas do mundo, todas as amizades sinceras e as pessoas que gostam de você ao seu lado. Que você dê muitos sorrisos e espalhe por ai essa alma boa que você tem.
Que você dance, curta e se divirta como nunca. Que você tenha bons motivos pra comemorar e que assim possa fazer. Que você tenha muitos amores intensos e verdadeiros e, quando digo isso, não falo de amor de namorado, mas amor de pai, mãe, amigo, amor por viver e por saber viver. Que você consiga extrair as coisas boas das piores situações da vida e que, mesmo quando tudo parecer está perdido, você consiga soltar uma dessas gargalhadas gostosas que você tem e seguir em frente.
Que na sua vida apareçam GRANDES. Grandes amigos, grandes realizações, grandes amores, grandes aventuras, grandes livros, mestres e grandes sonhos.
Mas que tudo isso não seja só no dia de hoje, mas amanhã e depois e depois. Que você possa viver uma eterna alegria durante toda essa aventura que é a vida.
De quem te quer sempre bem.
M. [b] R.
~Um velho jeito de se escrever com um novo codinome rodando por ai.~

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Para um gostar sem nome.

Brasília, 29 de abril de 2009.

C. D.,

Eu fiquei pensando tantas coisas hoje, tantas bobagens e tantas coisas esquisitas. Coisas que não pensava fazia tanto tempo. Coisas boas e coisas ruins. Coisas que sinceramente prometi ficar um bom tempo sem pensar.
Sabe a que conclusão cheguei? Cheguei a conclusão de que vocês homens são covardes, imaturos e estranhos. Vivem reclamando que mulher é isso, mulher é aquilo, mas no fundo vocês são a icognita da relação. São indecisos e não demonstram o que sentem.
Se ta bom, ta bom. Se não ta, não ta nada. Como assim? Reage, meu bem, reage. O mundo ta acontecendo lá fora e você não percebe.
Não nota que tem outras pessoas a minha volta e que eu não to nem ai. Que eu to desejando o mundo, mas se for com você lá comigo. Que to gostando mais do que gostaria, mais do que deveria. E sabe da maior? Não faço a menor idéia do que se passa ai.
Eu só queria saber até onde vai isso tudo, até onde posso sentir ou querer. É planejar, sonhar, desejar, ter vontades e até me esforçar um pouco mais. Só que pra tudo isso eu preciso de um sinal, um jeitinho, um sorriso qualquer. Uma saudade estranha, um telefonema, um e-mail, scrap ou mensagem. Qualquer coisa mesmo.
Preciso de você. De você do meu lado, mas principalmente querendo isso. Querendo tanto quanto eu quero neste momento, quanto eu te quero neste momento.
Já disse tudo né?! Eu gosto de você e ponto.
Um beijo
[Hoje, sem assinaturas porque essa carta foi escrita para o anonimato total]

sábado, 11 de abril de 2009

Para alguém que é apenas 'a pessoa do outro lado'.

Brasília, 11 de abril de 2009.

G. S.,

Hoje fiquei te olhando durante a missa. Você de um lado e eu do oposto. Veio tantas coisas a mente que você não faz idéia. Olhando aqueles pequenos no altar e lembrando dos nossos bons e velhos tempo.
Engraçado é ver a L. [f] S. e a I., cada um num canto com pensamentos diferentes e vivendo histórias diferentes. De alguns nem noticia se tem mais, outros viraram apenas esbarrões em quermeces, tem gente que nem isso, tem gente que de vez enquanto sente a saudade apertar e se torna um depoimento no orkut como se isso preenchesse aquele espaço vazio deixado pelo tempo.
É isso que nos tornamos: S A U D A D E, no sentido amplo dessa palavra vazia.
Onde foi no tempo que nós nos perdemos, que nos deixamos se perder? Eu sei quando te perdi. Foi quando deixei que nossa amizade passasse por cima dos nossos sentimentos, quando você confundiu as coisas e quando eu te deixei acreditar nisso. Foi quando magoado você quis me afastar e escolheu a forma errada pra fazer isso.
Sabe, hoje queria muito ter sentado e conversado com você do jeito que a gente fazia. Rir das bobeiras que a gente fazia e comparar com as pessoas de hoje. Eu ainda acredito que não existiu nem de longe amizade como a nossa. Eu, você, R. M., L. [f] S., I., L. [g], T. [m] C., F. R., A. A. e até o R. A. que nem ficou muito tempo com a gente.
Nós aprontavamos tanto, eramos cumplices, tinhamos responsabilidades e, o mais importante, estavamos lá, sempre, um apoiando o outro, pro que der e vier. E hoje? Hoje somo apenas esse sentimento de falta, de vazio. Somos apenas saudade.
Te amo como numa velha promessa de eternidade.
Beijos cheios de saudades
F. [pequena] T.

domingo, 5 de abril de 2009

Para sentir que está por perto.

Brasília, 05 de abril de 2009.

A. J.,

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim, mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade de um filho que estuda fora. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade de um cheiro. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Dóem essas saudades todas, mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama."
Miguel Falabela
Achei esse texto perdido no Orkut da M. [m] C. e fiquei lendo, relendo, lendo mais uma vez. Fiquei pensando como pessoas que nem sabem que eu existo podem definir tão bem o que sinto por alguém. E é assim, hoje sinto saudade de você.
Saudade dos abraços, do colo, das piadas e tiradas. Dos momentos de estupidez que vocês homens parecem não controlar. Confesso que sinto saudades até de dizer: 'eii, perae, eu ainda sou uma menininha.', eu ainda não compreendo o porque vocês me confudem tanto com um mulequinho, é um tau de futebol e mulher gostosa que me irrita. Ou melhor, não irrita, porque irrita da um duplo sentido que só nós, os 3 mosqueteiros (que na verdade eram 4, como nós), entenderia. Esses primos do D. L., viu?! Rs.
Enfim, hoje fiquei lembrando dos cartões de aniversario, das cartas, dos conselhos amorosos pelo MSN, das tardes no L. V. e dos telefonemas intermináveis.
É uma falta que ninguém que eu venha a conhecer irá suprir. Ninguém me faz sorrir como você fazia, ou faz. O jeito de abraçar, puff, não tem como. É proteção carinho, amor sabe?! É saber que mesmo não se vendo todos os dias, não ligando mais com tanta frequencia, as vezes ficando até meses sem ter noticias, você ainda vai estar lá.
Braços abertos sempre prontos pra me abraçar e um sorriso no rosto. É... Só você.
Fico por aqui de olhos fechados sentindo o seu abraço, sentindo saudade do seu abraço.
Do meu jeito doido, mas amo você.
F. [s] T.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Para uma amiga de verão.

Brasília, 23 de março de 2009.

D. [t] F.,

As vezes me pego pensando como pode existir uma amizade como a nossa. Te vejo uma vez por ano e é como se valesse por todos os outros 364. Como pode né?! Te conheci assim, do nada, e gostei assim, mais do nada ainda.
É uma sinceridade gratuita que rola, um desejo de te ter pertinho, te abraçar, receber aqueles abraços e cafunés que só você tem. Um colo que eu to precisando como nunca. É desejar morar pertinho, do tipo descer uns 3 andares só pra te ver.
É querer deitar no chão com as pernas pro ar no sofá rindo e falando bobagens, esquecendo que tem um mundo lá fora. Só eu e você!
Acho que ando meio carente de amigas. Sentindo falta daqueles papos bichinhas de mulher acompanhados de uma travessa de brigadeiro e muita muita coca-cola. Aquela coisa de "os homens não valem nada". Rs. Ta bom, ta bom, brincadeira vai... Mas sempre rola pelo menos um "homem é igual biscoito vai um vem dezoito". Rs. Ta. Parei. Rs.
Mudando de assunto e parando de falar bobagens, mesmo sendo dificil isso com você. Rs. Li num blog essa semana uma frase que se encaixa bem direitinho pra gente e vou terminar essa carta aqui e agora com ela pra você. Sim, estou me dando o direito de usar palavras de outro alguem pra descrever nossos sentimentos, afinal, quem deu o direito a ele de se inspirar em nós pra escrever tal frase.

"É cuidado, é carinho, é amor, é respeito... é amizade."

E é isso, é essa mistura louca de coisas boas e sentimentos lindos.
Amo você.
Beijos com gostinho de saudades do seu docinho de jiló, sim, de jiló.
F. [s] T.

domingo, 15 de março de 2009

Para continuar acreditando na nossa velha utopia.

Brasília, 15 de março de 2009.

L. [a] L.,

Nossa, a última carta que te escrevi eu ainda estava no segundo ano. Um poema de aniversário, lembra? Acho que ainda tenho o racunho dele guardado aqui. Hoje fiquei pensando nas nossas conversas antigas, na nossa "busca pela liberdade", nas discussões cultas e nas fúteis também, no amigo O culto, em tanta coisa. Naquela visita inesperada num dia de semana qualquer. É que sinto falta de coisas assim.
Mas no que eu fiquei pensando de verdade foi no tanto que me sentia leve naquele tempo. Nos problemas bobos e nas soluções rápidas. "A vida é simples, fada, a gente é que complica". Me lembro como se fosse hoje quando você me disse isso pela primeira vez. Acho que tinha me esquecido dessa teoria por uns tempos. Não me orgulho, mas andei complicando demais minha vida, pensando muito antes de fazer, me arrependendo demais das coisas, deixando de dizer o que queria. Dando nó nas coisas sem nem precisar.
Quero minha leveza de volta!
Quero sentir que nada importa além da felicidade, do carinho e dos amigos de verdade. Quero abraços apertados, sentimentos reais e palavras doces. Quero mais poesia! Mais pijama, mais tempo, mais papos furados. Quero um sorriso que dure do nascer ao por-do-sol, uma compania agradável e um lugar mágico.
As pessoas ao meu redor já não são as mesmas, os sentimentos não são os mesmo, meu humor e meu jeito também não. Porque essas coisas mudam assim? Porque as pessoas pra quem a gente jura eternidade não são eternas quanto a gente pensa que vai ser? É tão difícil crescer. Queria ser aquele bebê que você dizia que eu era pra sempre. Ter aquela inocência e aquela fé de que no final tudo ia acabar com uma bela risada.
Pensei nisso tudo o dia todo e cheguei a uma conclusão: a gente só perde essa magia de criança se a gente quer. A gente cresce e o mundo vai dando tanta responsabilidade pra gente que nos esquecemos de fazer nossos olhos brilharem diante dos pequenos gestos. Os detalhes vão sendo deixados de lado e no lugar só vem preocupações e uma agenda cheia de compromissos.
Espera... Para ai!
Não! Não mais. Daqui pra frente as pequenas coisas serão lembradas e valorizadas como merecem. As pessoas ao meu lado serão aquelas que querem caminhar comigo e, agora, a eternidade vai ser encarada de um jeitinho especial. Uma eternidade vivida a cada dia. Eu sei que é bem clichê tudo isso, é tão... Promessa de virada de ano, mas é que to precisando acreditar nisso, precisando viver tudo isso.
As coisas andam muito sem emoção por aqui. Uma rotina estressante e cansativa, um pouco desanimadora eu diria. Eu quero emoção, entende? Claro que entende, você sempre me entende, ou pelo menos, entendia.
Fico por aqui, começando a me sentir mais leve desde essa carta. Acho que você ainda tem esse poder sobre mim: de me deixar mais leve, quase que flutuando, voando. Um dia um sábio menino gigante me disse assim:

~Você não precisa criar asas
Só precisa saber que já as tem
Voar é natural como caminhar
Então corra e não perca a chuva
Te vejo no azul celeste
Cor-de-felicidade
Te vejo à luz da lua
À espera da eternidade.~
Acho que ele já sabia o efeito que tinha sobre minha vida. Meu pó de pirlimpimpim!
Aishiteru, como num passado presente.
F. [s] T.

domingo, 1 de março de 2009

De uma amiga perdida no tempo.

Brasília, 10 de agosto de 2006.

F. [s] T.,

Hoje é um dia muitíssimo importante. O dia em que a N. S. e o R. [tb] V. comemoram 11 meses de brigas! Rs. Brincadeirinha!
Recomeçando:
Hoje é o dia da baixinha que eu mais amo. Da minha amiga mais fofa, mais alegre, mais emo, ops, legal. O dia da N. perfeita!
Sabe o que faz de você perfeita?
Você me conheceu em uma época em que eu não era uma pessoa fácil de lidar. E você, mesmo assim, se tornou uma grande amiga.
Você sempre foi meio mãe, sempre me falando o que era mais certo fazer, sempre repreendendo minhas idéias maluquinhas.
Sempre, sempre, sempre esteve ao meu lado em tudo. Mesmo quando eu estava errada. Mesmo quando os outros amigos seus estavam envolvidos na história.
Nunca escondeu de mim coisas que eu precisava saber, mesmo quando sabia que tais coisas me magoariam.
Manteve nossa amizade apesar do pouco contato, apesar de sermos de salas diferentes.
Você deixou eu fazer gelo na sua geladeira e me fez conhecer o tal pão de queijo de microondas. Sem contar que o fogão da sua casa é o mais legal que rola.
Por isso tudo, nessa data tão especial eu te desejo: muitas alegrias, muitos amores, amigos verdadeiros, muita bagunça e diversão, que você encontre um Seth Cohen só seu, harmonia na família (na nossa familia, rs.), enfim, tudo de bom! Porque você merece.
Obrigada por ter entrado na minha vida, por ter conquistado um espaço VIP no meu coração. Amigas, como você, é difícil de achar.
Simplesmente te amo!
Beijinhos
N. S.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Para não esconder mais o que sinto.

Brasília, 27 de fevereiro de 2009.

I. [b] S.,

Me deu uma vontade tão grande de te escrever. Pensei primeiro em escrever/rascunhar, logo, a sua carta de aniversário, mas ainda faltam 4 dias e , com certeza, o que eu quero te escrever hoje não será o mesmo que eu escreveria dai a 4 dias.
Fiquei pensando nas cartinhas que eu já te escrevi. 100 motivos, lembra?! Você ainda tem essa? Queria reler ela um dia, só pra ver se os motivos continuam os mesmos. "Porque o coeficiente de atrito desacelera as batidas do nosso coração." Bons tempos né?!
I. [b] S., o que foi que aconteceu? Onde foi, no tempo, que nós nos distanciamos tanto? Tá, eu sei que depois do E. M. a gente passa a conhecer novas pessoas, a fazer novas coisas. Mas e o juramento de eternidade? Do que foi feito ele?
As vezes me pego pensando em tantos momentos. Festa junina do Marista. Trabalho de artes. Empadinhas, fanta e sorvete. "Ão". Pontão. Dividir o colchão. Festas do pijama. Pra onde foi tudo isso?
Acho que ando meio carente de colo feminino. É, é, é. Ando convivendo muito com homens (alguns projetos de homem também, rs.). Não que eu já não fosse acostumada, mas é que falta aquela coisa "mulherzinha", "bichinha", entende? Quero colo, [b], quero colo! Sinto sua falta e das meninas também, do brigadeiro com coca-cola regados de ótimas risadas.
Sabe qual o problema? Mais do que falta, sinto medo de me reaproximas. As vezes, quando a gente se reencontra, é como se eu não pertencesse àquele mundo mais. Já não sei as piadas, não conheço os amigos, menos ainda os affairs. Não sei dos programas, das saídas, nem das festas. É como se não conhecesse mais vocês como antes. E a falta não supri o medo!
Mas essa carta não é pros meus medos, mas sim pras minhas saudades. É, eu sinto tanta saudade!
Amo você no tempo do nosso pra sempre.
Beijos
F. [s] T.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Para contar pensamentos guardados.

Brasília, 23 de fevereiro de 2009.

P. [a] R.,

Nossa, depois de muito tempo venho aqui escrever sobre você, ou melhor, pra você, sobre os seus irmãos e o D. S.. Mas antes, vamos conversar um pouco. Como está o carnaval por ai? Ah, Sampa até que fica mais divertido que aqui, apesar de que qualquer lugar fica mais divertido que Brasília nessa época do ano. Mas muito axé por ai? Rs. Acredita que sempre que ouço Jammil lembro de você?! É inevitável.
E como anda o G. R.? Ser sem noção. Apesar de quê graças a ele conheci vocês e os meninos. Pensar que ele nem queria me deixar ir dormir as 4h da manhã, ê cachaça marvada. E falando em cachaça, como vai o G. [s] R.? Rs. Ah que garoto comédia. Esses dias tava lembrando o tanto que eu tirei ele, tadinho né?! Peguei um pouco pesado, mas ah, foi invevitável. Rs.
Se põe no meu lugar... Na primeira noite, fiquei só observando a galera. Seu irmão chegou em tanta mina, tanta mina, mas levou tanto toco, tanto toco. Minha primeira noite foi bem divertida graças a ele, juro!
Já o D.S., ah, ele é uma graça, exceto quando me chama de goiana. Acontece né?! Rs. Na verdade, curti muito conversar com ele. Um carinha com conteúdo sabe?! Um papo legal e que não estava ali só pra aprontar, mesmo com ele dizendo que teve uma noite que ele alucinou por lá. E eu que adoro dizer pra ele que vi ele aprontando e nem vi nada na verdade, mas "xiii", segredinho nosso viu?! Rs.
Ah, adorei conhecer todos vocês. Foram ótimos momentos, companhia do almoço até a balada. Foram dias ótimos, dá até uma nostalgia de leve escrever essa carta e lembrar de tudo.
Mande um beijo pra cada um dos meninos em meu nome, pequeno [a] e claro um enorme pra você.
Da "goiana"
F. [s] T.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Para tentar compreender os homens-anjos.

Brasília, 9 de agosto de 1990.

Papai do Céu,

Amanhã será um grande dia. Eu to indo pra um mundo completamente novo que me espera tão ancioso quanto eu o espero. As pessoas lá embaixo são cheias de sonhos e expectativas que não sei se consiguirei realizar. Será que vou ser tudo o que imaginam de mim?
Quem me espera lá embaixo? Eu sempre ouço uma voz doce dizendo que me aguarda e que irá me dar muito carinho. Diz também que sou uma dádiva do Senhor, um pequeno fragmento de milagre. Afinal de contas, o que eu sou? Sou pessoa como eles ou sou anjinho como os outros? Porque tem que ir lá pra baixo?
Eu sou tão pequenina e tão frágil que tenho medo de machucar. Não sei se vou aguentar as muitas crueldades e dificuldades pelas quais temos que passar quando aceitamos essa missão. Quem volta diz que é bom, mas não é fácil. Dizem até que tem mesmo que ser difícil para que nós voltemos mais fortes e corajosos, preparados para novas missões.
Minha missão é a partir de amanhã provocar muitos sorrisos, enxugar lágrimas e dar abraços acolhedores. As pessoas que receberam isso serão ou não anjos como eu.
Quando não forem anjos, você diz que eu os reconhecerei por um sorriso, um abraço, uma palavra ou um simples olhar. Esses eu chamarei de amigos e será com eles que eu dividirei a minha história. Também com eles irei chorar e passar pelas provações do mundo. Verão meu choro e estarão lá para me ajudar a levantar quando necessario.
E os anjos? Ah, esses só vou saber quando os abraçar e alçar voo. Serão aqueles que me farão me sentir mais próximo de você né?! São anjos de uma asa só que necessitam uns dos outros para relembrar o quão é bom estar próximo do céu. Esses serão seres completamente singulares e não terão uma denominação. Eles aparecerão quando menos esperar com um simples abraço e nesse abraço o espaço/tempo será congelado e nada mais importará.
Acho que aprendi tudo né?! Sei que não serei a melhor pessoa do mundo e com o tempo meus defeitos irão ficar mais e mais evidentes. Terei que aprender a dosar os sentimentos e a não amar a todos, mas principalmente já tenho que me acustumar com a idéia de que não serei amada por eles, não por todos eles.
Dai-me menos personalidade, mais humildade. Menos "cabeça dura", mais força de vontade. Menos desejos, mais força pra correr atras.
Dai-me força e coragem para fazer as pessoas felizes. É só o que quero!
Sua benção.
F. [s] T.
~Uma carta completamente fictícia, ou melhor, fruto de fé e imaginação.~

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Para substituir um ombro amigo.

Brasília, 15 de fevereiro de 2009.

M. Q.,

Oi. Não faço idéia de como começar essa carta, na verdade, não me lembro a última vez que não sabia como começar uma. às vezes me perco no meio ou falo, falo por não saber como termina-lá, mas o começo é sempre tão fácil e espontâneo. Que difícil!
Sabe, eu sei o quanto você queria e o quanto se esforçou. Já foi 1 ano de cursinho e eu entendo que depois desse tempo todo você começa a achar perda de tempo estudar mais de 8h por dia, mas é preciso, mais do que nunca, ter garra pra continuar correndo atrás desse sonho. Se não foi dessa vez é porque não era o momento, é porque tem algo muito maior reservado e guardadinho pra você lá na frente.
Lembra dos tempos de E. M.? Lembra dos sonhos, das vontades, das brigas... Lembra o tanto que mudou, o tanto que a gente aprendeu? Eu não me esqueço. As vezes até me pego pensando nos velhos tempos com uma saudade, com uma vontade de "querer de volta". Nossa, lembrei do tanto que eu queria a UnB e o tanto que me decepcionei quando passei por isso que você ta passando hoje. Minha cara na frente do computador, a falta de coragem pra ir contar pra minha mãe (e olha que ela já sabia que eu não tinha passado). É frustrante, eu sei. Mas pra mim, pensando hoje, foi tão melhor não ter passado. Eu amadureci muito na UCB, de uma forma que talvez eu não amadurecesse na UnB.
Pensa nisso. Pensa que não era pra ser seu agora, mas é pra ser seu. A gente vem ao mundo pra ser feliz de um jeito ou de outro, pena que a gente não escolhe como e quando alcançar ela. Cedo ou tarde ainda vou te deixar carequinha e com um sorriso no rosto e um brilho nos olhos de quem ta, hoje, e estará, nesse dia, muito orgulhosa de você.
Se cuida, meu bem, se cuida!
Adoro você.
F. [s] T.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Para um amigo distante.

Brasília, 05 de fevereiro de 2009.

R. G.,

Como você está pequeno príncipe? Minhas aulas voltaram hoje e a disciplina de C. e C. não me parece ser das mais atrativas. Rs. Ai comecei a pensar aqui o que fazer para passar o tempo e resolvi te escrever.
Nos últimos dias não consigo parar de pensar em você e nas coisas que você me diz no MSN. Tá, não tem nada demais, mas é que no momento eu to precisando exatamente disso, de ouvir coisas legais e até mesmo de sentir que alguém me acha tudo isso que você acha. Como eu já te disse, você apareceu na hora certa do jeito certo.
Enfim... Chega de falar dessas coisas!
Eu fico aqui imaginando como é A., o que vocês fazem ai, ou melhor, o que a gente faria se eu fosse até ai. Falei com a G. M. ontem e como diz ela: a gente ia causar né?! Rs. Adoro o jeito como vocês, paulistas, falam. A propósito, já te contei que aqui em Brasília estão todos me zuando? Pois é, acho que voltei mais paulista do que imaginava MEEEEEEU! Rs.
E o vestibular? Já saiu o resultado? Quando sai? Lembra da promessa viu?! Afinal, a distância de B. a A. é a mesma de A. até aqui.
Bom, mesmo chata e menos interessante que você, eu preciso voltar a minha aula. Até mais tarde.
Um grande beijo com gostinho de saudade.
F. [s] T.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Para gerar uma "publicidade gratuita".

Brasília, 25 de janeiro de 2009.

D. [g] S.,

Nunca guardei tantas fofoquinhas pra você como nesses 3 dias de navegação. Foram dias só observando e conhecendo pessoas completamente diferentes umas das outras. É gente engraçada, tímida, safada, companheira e até cachaceira, acredita?
Tenho tantas coisas pra te contar. Aqui, meus sentimentos foram a mil, os pensamentos foram em B. e voltaram e menos de 2 segundos. Me senti perdida e ao mesmo tempo é como se eu me encontrasse aqui, como se uma nova fase começasse agora. As pessoas que conheci aqui me mudaram de um jeito que no começo me assustou, mas foi um amadurecimento para decisões que vou precisar tomar num futuro não muito distante.
Nossa... Pareceu que depois desses dias vou voltar loira, magra e esnobe né?! Rs. Mas não é isso.
Segue meu raciocínio: vão ser 8 dias convivendo no mesmo metro quadrado, fazendo praticamente as mesmas coisas todos os dias com pessoas completamente diferente, não tem muito como não passar a encarar as coisas de uma forma diferente.
Mas tem alguem em especial que eu quero falar com você. Conheci um garoto, E. [d] A., ele é uma graça sabe?! Tem um papo legal, olhos lindos e um sorriso contagiante. Conheci ele na noite passada. Eu estava na boate que tem aqui (sim, aqui tem uma boate) e como não tinha conhecido ninguém ainda fiquei quetinha no meu canto arriscando uns passinhos, mas sem chamar a atenção, apesar de quê foi noite de gala e uma garota de longo e batom vermelho dificilmente passa despercebida. Rs. Quando eu tava indo embora um maluco, vulgo G. R., simplesmente não me deixou ir embora, é, eu sei, o pessoal aqui é meio louco mesmo. Então, dai a gente foi dançar e tau, até que um outro doido lá, T. [sei lá do quê], começou com um papo esquisitão, dando em cima sabe?! Tudo bem que ele tava MUITO bebado, mas isso é apenas um detalhe. Rs.
Tá, e onde entra o E. [d] A.? Pois é... Ele me salvou do bebado safado, credo, pareceu que ele tava me atacando né?! Rs. Ele me chamou falou pra eu sentar lá do lado dele até o maluco ir embora. Tudo bem que ele não ia embora nunca, mas ai a gente foi até o bar ficar conversando. E como conversamos, falamos muito. Contei pra ele o que tava sentindo, sobre o dia do embarque, que tava super chateada com umas coisas que rolaram e tal e ele me ouviu e me contou sobre o que ele fazia e tudo mais.
Claro que, depois disso tudo, eu já estava caindo de sono né?! Ele me levou até a porta do quarto e quando pensei que finalmente ia dormir, ele me chamou pra ir até o fim do corredor porque queria me mostrar uma coisa. Cara, juro que nunca tinha visto nada parecido. O céu tava começando a clarear e as ondas pareciam que tinham sido desenhadas no oceano. D. [g] S., até o vento tava perfeito. A gente desceu até o quinto andar, parecia que ia dar pra tocar a água com os dedos. A gente ficou lá conversando até o sol nascer de verdade. Foi lindo sabe?! Você precisava tá lá pra sentir o que eu senti.
Foi muito legal, praticamente o primeiro "amigo de verão" que fiz aqui. Mas mesmo assim, pézinho atrás com ele, afinal, eu, com toda minha experiência em "furadas", me lembrei um pouco do F. M. em alguns momentos com ele. Mas pra quê a pressa mesmo? Ainda tenho mais 6 lindos dias pela frente.
Agora, vou voltar ao meu bronze. Afinal, tenho que voltar da cor do pecado né?! Rs.
Um beijo cheios de saudades.
F. [s] T.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Para cumprir uma promessa.

Buenos Aires, 26 de janeiro de 2009.

H. C.,

Como prometido, aqui está a primeira carta da sua vida e diretamente do oceano, quero dizer, não exatamente "diretamente do oceano" já que estamos âncorados no Rio Del Plata, mas ah... Continua sendo de um lugar bem longe né?! Rs.
Resolvi te escrever hoje e daqui porque o meu passeio pela cidade foi repleto de lembranças das suas narrativas. Tudo é muito lindo!
Claro que eu "paguei de turista" e visitei todas aquelas coisas que eles (nós) adoram(os). Rs. Casa Rosada, 25 de maio, estádio do Boca. É, é, é! Estádio do boca. Ah... Qual é?! Vai dizer que sou mulherzinha demais pra futebol? Rs. Enfim, super divertido. Pena que são apenas 2 dias.
E antes que eu me esqueça, você tinha razão em duas coisas: a cidade é realmente MUITO clara, juro que da a sensação de que não vai anoitecer nunca; e tango é definitivamente coisa de turista, tão turista que nem se quer ouvi um (e acredite quando digo que esse não foi o àpice da minha viagem).
Bom, quando eu chegar ai te conto todos os detalhes ok?!
Um grande beijo e um forte abraço.
F. [s] T.

Para o futuro promissor da física.

Campinas, 22 de janeiro de 2009.

C. L.,

Estava aqui no ônibus esperando para finalmente ir para S.P. e resolvi escrever algo para alguem.
Até agora, as coisas tem ido muito bem. Aterrisamos em Campinas e pegamos um ônibus até a rodoviária (que diga-se de passagem é de onde te escrevo essa carta).
Sua terrinha é linda. A propósito, é o primeiro lugar que eu vou e me amarro na rodoviária. Rs. Fiz questão de ficar todo o tempo na janela para não perder nadinha. Procurei ver a UniCampi também, mas não achei. Queria ver como era o lugar que te tirou de pertinho de mim. Rs.
Cada casinhas ou prédio que passava, eu ficava imaginando que ali seria seu cantinho. Imaginei sua rotina, suas "farrinhas" e até imaginei quem seriam seus amigos, uma coisa meio:
-Esse tem cara que não é amigo dele.
-Ah... Essa parece ser legal. Cara de ser brother dele.
-Certeza que o C. zoa desse casal.
Rs. Coisa de louca né?! Mas acho que tá mais pra saudade mesmo.
Melhor parar de escrever porque o ônibus já saiu e a letra começou a ficar feia aqui.
Espero que da próxima vez que eu vier aqui, a gente possa dar uma volta por essas ruas cheias de cruzamentos estranhos. Cadê as retas de Brasília? Rs. Enfim...
Amo você.
Bju-bju³
F. [s] T.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Para uma promessa de futuro.

Campinas, 31 de janeiro de 2009.

B. F.,

Como foi bom te conhecer. Conversar com você só me fez bem sabia?! E como sou boa com promessas já comecei cumprindo a primeira delas que é essa carta, já a ida pra Sampa vai demorar um tempinho ainda, mas eu sinto que não foi a última vez que a gente se viu.
Acabou que nós nem conversamos direito no último dia e acredite quando digo que muitas coisas aconteceram. Dentre elas o nosso querido E. [d] A. continuou pagando de cachorro; dancei com o C. N., cara, ele é muito fofo. De longe os 3 meninos mais legais que eu conheci da galera de vocês da camunidade foram: você, o C. N., e o G. N..
Mas enfim... Como foi a volta pra casa? Animado com a volta a rotina? Acho que não né?! Rs. Ninguem nunca fica animado com a rotina. E falando em volta, como foi a despedida da N.? Muito fofo vocês dois.
E a G. M.? Nossa... Vou morrer de saudade dela. Minha companheira de pista.
É, o nosso primeiro cruzeiro em grande estilo. Sei que daqui uns dias vai ter gente que nem vou saber que dividiu o mesmo espaço comigo por 8 dias, mas algo me diz que vai ter gente com quem vou mater contato e que vai me fazer muito bem ainda. Gente que vou ligar quando for pras bandas dai só pra dizer que estou pertinho sabe?! Talvez eu esteja enganada, talvez não! Melhor manter os pensamentos positivos né?!
Vou ficando por aqui, afinal de contas amanhã eu ainda vou pro meio do nada. Pra quê morar tão longe né?! Rs. Enfim...
Bom retorno pra casa e uma linda história de amizade pra gente, que 8 dias se tornem anos.
Um grande beijo e um forte abraço.
F. [s] T.

Para um momento nostalgico e engraçado.

Em algum lugar do oceano, 24 de janeiro de 2009.

N.S.,

Boa madrugada! Sim. Boa madrugada. Fiquei observando hoje que na madrugada as pessoas dizem "boa noite", mas espera ai... Não é mais noite, já é madrugada. Depois dessa grande percepção, comecei a pensar em boas soluções: Bom dia? Não. "Bom dia" remete a... Sei lá! Claridade? Pensei, pensei, pensei. Porque não "Boa madrugada" então? Pois é.... Boa madrugada!
E falando em observar, nunca fiz tanto isso. Lembrei de quando a gente sentava no pátio e ficava olhando (e rindo) do tênis do pessoal. Lembra da teoria do All Star? Rs. Enfim...
Hoje, mais do que roupas e tênis, reparei no comportamento do ser humano e acredite ri muito mais do que na época da escola. Como o homem é engraçado. Segue o raciocinio:
Ele ta lá sentado, doido pra ir dançar, ou melhor, doido pra te chamar pra dançar, mas a timidez faz com que ele espere tempo suficiente para um outro garoto, vulgo P., chegar, puxar papo, bancar o folgadinho e levar um toco. Nessa altura do campeonato, ele já desceu da mesa em que estava sentado e foi dormir. Rs. E você? Ah, você jamais saberá se ele dança bem ou não.
E olha que nem foi só isso que eu andei observando por aqui, mas, ah, essas são histórias para outras cartas.
Só te escrevo essas "bobagens" porque muito da nossa amizade ficou (e, pelo jeito, ficará pra sempre) em mim.
Beijos
F. [s] T.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Para a espera de um encontro.

Brasília, 18 de janeiro de 2009.

G. L.,

Fiquei hoje aqui pensando no tanto que foi horrível saber que você estava tão perto sem que eu pudesse te ver. Depois disso, comecei a pensar nos poucos dias que faltam para que a gente fique assim, pertinho, de novo.
Tô vendo que esses 3 dias que faltam vão ser cheios de expectativas do lado de cá. Pensar que vou te ver, te abraçar e rir daquele tanto que costumamos fazer. Ê Laiá... Rs.
Mas enfim... Como está tudo por ai? O namoro, a vida de advogado... Tudo azul?
Por aqui continuo na mesma correria de quando nos falamos pela última vez. O recesso da agência já se foi; ao invés dos trabalhos finais, são os preparativos da viagem que tomam a maior parte do meu tempo; e comecei aquele processo "super" divertido para tirar a CNH. Uhull! Pensa no perigo nas ruas de B.. Rs.
Nossa, acho que consegui te contar tudo o que aconteceu nos últimos 2 meses em 4 linhas. Já sei! Você quer os detalhes ne?! Esses ficam para eu te contar pessoalmente ok?!
Fico por aqui, ainda com muita saudade.

"Conto os dias, conto as horas pra te ver."
Beijos
F. [s] T.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Para uma nova estagiária.

Brasília, 13 de janeiro de 2009.

C. R. ,

Primeiramente, parabéns pelo "novo" emprego. Espero que o departamento e toda a M. C. atenda todas as suas expectativas e que o tempo que você passar aqui te mostre o caminho a ser seguido depois da formatura. E se não mostrar? Ah... Já é algo a menos para depois de receber o canudo.
Pensamentos positivos, meu bem! Pensamentos Positivos!
É disso que você vai precisar daqui pra frente. Nem sempre é fácil o cotidiano, vai ter dia que você vai se sentir cansada, sentir que não tem nada pra fazer, vai querer matar metade do departamento (e olha que metade dele sou eu hein - rs), mas não é só isso. A parte boa acaba sempre compensando. Aquela coisa de missão cumprida, trabalho bem feito e a vontade de 'que venha outro job' é sempre maior e mais prazerosa.
Caminharemos juntas a partir de hoje. Trabalhar junto é complicado, sim, eu sei, mas também traz pequenos prazer e grandes cumplicidades. Nessa nova jornada é isso que espero de nós 3 juntas: CUMPLICIDADE. Ela vai ser fundamental para conseguirmos atingir nossos objetivos.
O resto? Ah... O resto vem com o tempo. Ele também será seu grande aliado. Gosto de dizer que 80% é força de vontade, o querer, e os outro 20% tempo e paciencia.
No mais, bem-vinda a família!
Um beijo
F. [s] T.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Para uma 'velha' caloura.

Brasília, 05 de janeiro de 2009.

J. [c] J.,

Olha só se não a minha menina fazendo aniversário. Mais 1 aninho hein?! Puff... Tão clichê isso, credo!
Começando de novo...

J. [c] J.,

Sabe o que lembrei agora? Lembrei que já vão fazer 2 anos que a gente se conhece. 2 anos já?! Incrível... O que não era pra ser nada virou tudo isso, ou melhor, tudo (de bom) isso.
Foram tantas risadas, tantos abraços, lágrimas, stress e tempos de 8. Foram tantos "contra-tempos" no duplo sentido que a palavra tem pra gente. Rs. Tantos pequenos detalhes, fragmentos de instantes que foram se juntando e formando isso que existe entre a gente. Esse sentimento, essa amizade. Essa CUMPLICIDADE.
É J. ... Que isso seja apenas o começo, os primeiros anos de muitos e que, ainda, por muitos anos a gente possa comemorar essa data. Afinal, não é todo dia que Papai do Céu cede um de seus anjinhos pra nós, pobres mortais. Espero poder estar ao seu lado por muito muito muito tempo ainda.
Beijo, queijo e um pedaço de goiabada em cima.
F. [s] T.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Para uma vítima de cupido.

Brasília, 07 de janeiro de 2009.

G. [r] C. ,

Bom G., quero te fazer oficialmente um convite.
Tenho um amigo, o H. C., que está chegando da Argentina depois de passar um bom tempo por lá. Fiquei pensando horas num programa legal pra me encontrar com ele e rir por horas e horas seguidas das aventuras dele no país vizinho. Pensei num lugar legal, um barzinho talvez, algum canto que dê pra sentar e jogar conversa fora.
Ok, ok. Mas o que você tem haver com isso... É que nos últimos dias pensei em você com uma saudade tão grande que queria aproveitar pra matar 2 coelhos numa cajadada só.
Eu com todo o meu tempo disponível tenho que aproveitar as oportunidades para ver muitas pessoas ao mesmo tempo. Logo pensei em sair com esse meu amigo e com você. Uma coisa meio aventuras e nostalgia sabe?!
Aposto que nós vamos ter muitas histórias legais pra contar pra ele e vice-versa.
Ahh... Também não vou dizer que ele é moreno, alto, com barba por fazer e óculos, mas não do tipo nerd chato e sim intelectual divertido pra você não achar que é um encontro ok?! Porque não é! Pelo menos não por enquanto, quem sabe na semana que vem... Rs. Brincadeirinha.
Bem, espero que você tope o programinha. Será legal passar por isso com você.
Um grande beijo.
F. [s] T.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

De um [ex]namorado que deveria voltar a escrever.

Brasília, 24 de setembro de 2006.

Amô (F. [s] T.),

Você fez uma cartinha toda linda e agora vou responder. Primeiro que eu sinto seu sentimento puro e verdadeiro e isso é ótimo, me deixa muito feliz sabe? E cada vez mais e mais apaixonado. Aliás você já deve ta pensando como pode existir menino tão "apx" assim né?! Pois é... É que você é irresistível. Rs. Mas não vale ficar se achando ta? Hoje eu to bonzinho e feliz e vou fazer mil elogios. Então vai acostumando.
Minha pequena mais linda de todas. Ontem fez 2 meses de nós dois juntos ne? Mó bonito, mó bom. Pena que nem pude te ver, nem conversei com você direito. Agora pensa num menino com saudade de você até umas horas... Então: seu namorado oh.
Ah... Tava lembrando aqui de um trecho de um poeminha do Armando Freitas Filho que tem no seu livro:

~Amar
é mergulhar de cabeça
sem saber nadar
sem saber de nada.


Sabe... Se amar é isso mesmo, eu te amo muito porque eu amo cegamente, e acredito fielmente na reciprocidade desse amor. AMO! Simples assim. Porque não tem menina mais perfeita de todas, do colo mais gostoso de deitar, mais carinhosa, mais tudo pra mim, minha baixinha, o máximo de mulher no mínimo de espaço.
Eu to bobo ne?!
Então tá bom amorzinho. Chega de nhe-nhe-nhe senão você vai ficar se achando eternamente.
E eu nem cheguei aos pés da sua cartinha, mas o que importa é o que interessa ne?!
Durr.. Chega. Cansei.
Super beijo, amor.
Te amo namorada
A. [b] M.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Para uma saudade constante.

Brasília, 04 de Janeiro de 2009.

N. S. ,

Sabe quanto tempo eu não coloco a ponta do lápis num papel pra escrever uma carta? Tá... Não faz tanto tempo assim, mas eram sempre cartas para responder outras cartas ou pra dizer algo específico, nunca um “Oi, e ai como vai?”.
Tanta coisa aconteceu nos últimos tempos e o mais engraçado é o fato de eu nunca ter tempo pra dividir isso tudo com alguém. Porque a gente sempre esquece a melhor parte das coisas boas? E das ruins também. Dividir sabe?! Lembro quando a gente dividia até o bom dia do Zé da cantina.
É... A gente cresceu, o tempo “atoa” diminuiu e o próprio tempo tratou de nos afastar. Mas a pior parte nisso tudo é saber que a gente não fez nada pra impedir. Triste isso ne?!
Quanto às cartas, eu sinto falta delas. Estou até voltando a escrevê-las, mas não! Não se sinta obrigada a responder ou até mesmo a ler. O importante é que eu escreva e escrever pra você sempre foi tão fácil, tão “anestesiador”, lembra disso? Rs.
Fico por aqui e sempre aqui. E pra você um daqueles abraços apertados e demorados que só quem sente saudade pode dar.

F. [s] T.

O porquê.

Brasília, 05 de janeiro de 2009.
Caro leitor,
"Quando o assunto é complicado, nada melhor do que lápis e papel na mão. Se eu fosse falar ao telefone ele iria berrar de um lado e eu do outro e a gente não ia se entender nunca. Assim, por carta, a pessoa lê, engole na marra, mas pelo menos tem mais tempo pra digerir. E, quem sabe, até concordar."
[Depois daquela viagem - Valéria Piassa Polizzi]

Comecei a escrever quando tinha mais ou menos 13 anos de idade. Percebia que as pessoas não escreviam mais cartas, não sentiam mais o pequeno prazer de abrir a caixa de correio e encontrar um envelope endereçado a elas que não fosse a conta do cartão de crédito ou mesmo o prazer de escrever e deixar aquele sentimento registrado.
O tempo foi passando, a frequência com que as cartas eram escritas oscilava muito. Pessoas diferentes, assuntos diferentes, sentimentos e vontades diferentes.
Por todos esses anos colecionei palavras e papéis escritos por mim e por outros. Alguns respondiam, outros não, mas a reação de quase todos os destinatários eram iguais: sensação de que aquelas frases, aqueles fragmentos seriam eternos.
Essas reações e lembranças começaram a ficar grandes demais para que eu as guardasse sozinha, elas precisavam ser divididas com mais alguém. Sob influência de um amigo (H. C.) e apoio de outro amigo (A. [b] M.) surgiu a idéia do Blog. É como se os sentimentos não fossem mais só meus, mas do mundo, ou pelo menos parte dele.
Aqui você vai encontrar cartas escritas não em sequência cronológica, mas sim em "ordem de saudade". Das primeiras à últimas escritas, das entregues até as escondidas no fundo da caixa. Para pessoas presentes e ausentes nos dias de hoje.
Quanto aos nomes... Os nomes não importam, são apenas detalhes e por isso serão substituídos por iniciais dos próprios nomes e de seus 'nomes especiais', os famosos apelidos. Sentimentos não têm nomes, são apenas sentimentos. E no fim das contas, mesmo que escrita pensando numa única pessoa, as cartas depois de um tempo se perdem e criam sentidos próprios e significados singulares para cada um que a lê.
Divirta-se e aprecie sem moderação!
Um abraço.
F. [s] T.