Brasília, 05 de janeiro de 2009.
Caro leitor,
"Quando o assunto é complicado, nada melhor do que lápis e papel na mão. Se eu fosse falar ao telefone ele iria berrar de um lado e eu do outro e a gente não ia se entender nunca. Assim, por carta, a pessoa lê, engole na marra, mas pelo menos tem mais tempo pra digerir. E, quem sabe, até concordar."
[Depois daquela viagem - Valéria Piassa Polizzi]
Comecei a escrever quando tinha mais ou menos 13 anos de idade. Percebia que as pessoas não escreviam mais cartas, não sentiam mais o pequeno prazer de abrir a caixa de correio e encontrar um envelope endereçado a elas que não fosse a conta do cartão de crédito ou mesmo o prazer de escrever e deixar aquele sentimento registrado.
O tempo foi passando, a frequência com que as cartas eram escritas oscilava muito. Pessoas diferentes, assuntos diferentes, sentimentos e vontades diferentes.
Por todos esses anos colecionei palavras e papéis escritos por mim e por outros. Alguns respondiam, outros não, mas a reação de quase todos os destinatários eram iguais: sensação de que aquelas frases, aqueles fragmentos seriam eternos.
Essas reações e lembranças começaram a ficar grandes demais para que eu as guardasse sozinha, elas precisavam ser divididas com mais alguém. Sob influência de um amigo (H. C.) e apoio de outro amigo (A. [b] M.) surgiu a idéia do Blog. É como se os sentimentos não fossem mais só meus, mas do mundo, ou pelo menos parte dele.
Aqui você vai encontrar cartas escritas não em sequência cronológica, mas sim em "ordem de saudade". Das primeiras à últimas escritas, das entregues até as escondidas no fundo da caixa. Para pessoas presentes e ausentes nos dias de hoje.
Quanto aos nomes... Os nomes não importam, são apenas detalhes e por isso serão substituídos por iniciais dos próprios nomes e de seus 'nomes especiais', os famosos apelidos. Sentimentos não têm nomes, são apenas sentimentos. E no fim das contas, mesmo que escrita pensando numa única pessoa, as cartas depois de um tempo se perdem e criam sentidos próprios e significados singulares para cada um que a lê.
Divirta-se e aprecie sem moderação!
Um abraço.
F. [s] T.
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