quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Para acreditar em uma [não] paixão.

Céu, 05 de outubro de 2011.

G. C.,

A última vez que te escrevi uma carta, troquei o teu sobrenome e usei aquele que você não assina só pela ilusão de que talvez você não percebesse que toda aquela minha raiva fosse por você.
E porque não fiz isso de novo? A verdade é que eu não sei. Só sei que a ideia de passar uma noite em [S.] sem pensar em você não está dando certo.
Eu acreditei mesmo que vir pra cá faria com que, sei lá, meus "amores de longe" distrairiam meus pensamentos.
As pessoas perguntam sempre porque eu gosto tanto de [S.] e eu realmente gosto das ruas, da comida, da ideia de uma cidade 24h... Mas a grande verdade é que por muito tempo, [S.] me remeteu a paixão. Sempre imaginei que encontraria o meu "grande amor" aqui (e confesso que as vezes cheguei a acreditar que havia encontrado).
Bobagem a minha... Hoje eu sei.
Enfim, bastou rolar o dedo a playlist do meu iPod pra decidir seguir viagem ao som de O. e não parar de lembrar de você. Consequência: o plano de te deixar aqui foi por água a baixo.
E depois disso, só restou essa vontade de te escrever.
Não sei o que acontece, ou talvez eu saiba... Mas uma coisa é certa, é melhor continuar a acreditar que eu não me apaixonei por você.
F. [s] T.