segunda-feira, 26 de março de 2012

Para agradecer os 4 anos que definiram uma vida.

Brasília, 27 de março de 2012.

Querida, K.,

Ninguém além de você merecia esta carta, afinal de contas, foi você quem tantas vezes representou as pessoas que realmente merecem esta.
Foram 4 anos. E nesses 4 anos eu me tornei quem eu sou hoje.
Eu conheci um lado de mim mesma que ia além do que todos viam, que ia além do que eu mesma acreditava.
Eu sai da escola menina. Uma menina, confesso agora, um pouco triste, um pouco solitária, e muito decepcionada com a oportunidade que estava ali pra mim. Eu não queria aquilo, eu não enxergava nada naquele mundinho. Até que eu viajei...
Conheci nesses 4 anos um lugar chamado futuro pra mim, mas que muitas pessoas conhecem como [s]. Descobri que existia vida além do campus, que o que definiria meus passos dependia só de mim e não do lugar pra onde eu iria todas as manhãs nos próximos anos.
Não abandonei um sonho, apenas mudei a direção pra alcançá-lo. Fui criticada por isso. Doeu.
Esse foi o momento que deixei pessoas pra trás. Meu coração se partiu, pela primeira vez, então.
Reencontrei meu passado e fiz as pazes com ele. E, ironicamente (ou não), foi esse mesmo passado quem mais tarde seria minha maior inspiração para acordar todos os dias e dizer que fiz a escolha certa.
Conheci o príncipe encantado, querida K., e o vi se transformar em sapo. Meu coração se partiu pela segunda vez. E nesse momento desacreditei em todo aquela história de amor e fadas. Não queria mais ser [s], eu queria ser só eu mesma e que de preferencia passasse despercebida ali onde eu estava.
Aprendia dançar. Aprendi a respeitar as diferenças. Aprendi que eu tinha um mundo de coisas pra aprender e que corações partidos faziam parte disso.
Eu tive medo. Eu olhei ao meu redor e achei estar só. Desculpe por não ter ver lá, K., me desculpa por tantas vezes duvidar que era você quem ia me abraçar e dizer que tudo ia terminar bem.
Querida K., foi você quem acreditou e disse que um dia eu seria tudo o que sou e é quem diz que eu ainda serei muito maior que tudo isso.
Aprendi a não me apegar. E aprendi a me apegar l o u c a m e n t e, mesmo que por tempo determinado.
Trabalhar cansa, mas se rola um sorriso no final... Ah, querida K., é porque vale a pena todo o esforço. E sabe, eu só tenho o que agradecer pelos profissionais incríveis com quem me deparei. Claro, sem me esquecer dos mestre que me ajudaram a chegar até aqui.
Minha sweet, eu aprendi de uma forma amarga o quão as pessoas podem ser más, mas que eu posso superar isso.
Chorar é bom. E se você me entende ao dizer isso, não se preocupe. Você ainda vai entender.
Confesso que nunca senti esse frio na barriga ao terminar nada que comecei, mas sabe, K., eu consigo olhar pra trás e dizer que faria tudo de novo outra vez.
Hoje eu consigo ver (e, principalmente, entender) a linha tênue entre quem eu acho que está comigo e quem segura minha mão quando eu preciso. E que, até pra um coração em pedaços, existe um gostinho de felicidade...

~Dedicado a todos aqueles que são meus queridos K., obrigada por estarem comigo nesses 4 anos e nos próximos 1.000.~
F. [s] T.

domingo, 4 de março de 2012

Para L.H. dizer o que eu não tenho coragem.

Brasília, 04 de março de 2012.

F. [c] L.,

Olha, da primeira vez que eu estive aqui foi pra me distrair. Eu vim em busca do amor.
Olha, foi então que eu te conheci naquela noite, nos seus braços os problemas esqueci.
Olha, da segunda vez que eu estive aqui, já não foi pra me distrais... Eu senti saudades de você.
Olha, eu precisei dos seus carinhos.
Eu me sentia tão sozinha e já não podia mais te esquecer.
Eu vou tirar você desse lugar, eu vou levar você pra ficar comigo e não me interessa o que os outros vão pensar.
Eu sei que você tem medo de não dar certo, acha que o passado vai estar sempre perto e que um dia eu vou me arrepender...
E eu quero que você não pense em nada triste, porque quando o amor existe, o que não existe é tempo pra sofrer.
~L. H. cantando o que chamo de nossa história.~
Do verbo teadorar
F. [s] T.