terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Para ouvir estrelas.

Brasília, 30 de janeiro de 2013.

H. M.,


As pessoas acreditam que se apaixonam por pessoas, mas na verdade, todo mundo se apaixona por palavras. [Meu fraco, confesso, sempre foi um papel rabiscado de sentimentos bonitos].
Das lindas declarações de amor até os bilhetinhos rápidos que diziam: saudade! e só.
Não importa como recebê-las, se ao pé do ouvido ou entregue na caixa de correio quase que clandestinamente. Pode ser um soneto criado por você ou o trecho de uma música. O importante é fazer sentido, é se fazer presente, é ser verdadeiro e doce.
Você pode lembrar dele abrindo a porta do carro ou da fantasia improvisada que ele fez pra te impressionar, mas o que dá frio na barriga é o pedido de namoro sussurrado no ouvido embaixo da chuva ou o primeiro te amo, é a música cantada olhando nos olhos, é a voz rouca de manhã cedo dizendo: boba, não era pra você atender, era só pra quando você acordasse ter meu nome no visor do seu celular e eu ser a primeira pessoa em que você vai pensar no dia.
Entenda, não é a rosa amassada guardada dentro do livro que impressiona, é o poema que está escrito bem ali. É aquele que diz:

"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas"


É isso, são só as palavras e as boas lembranças que ficam junto de um sorriso tímido e uma lágrima escondida.
F. [s] T.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Para apagar.

Desculpa, K., mas foi preciso apagar a carta que te escrevi. O motivo? Não ter provas que esse sentimento existiu.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Para um post it cor laranja.

Nota mental: Não mendigar amor! Obrigada,
À diretoria.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Para a súbita surpresa.

Brasília, 12 de outubro de 2012.

Querida K.,

Coloquei aquela saia bonita, a camisa transparente e rosa. Sutiã rendado e as meias 7/8 que comprei para usar com ele. Fiz uma maquiagem sutil e prendi o cabelo de lado para mostrar o pescoço. Brincos delicados e sapato baixo.
Estacionamos longe e pensei: ele e essa imagem que não há frescura comigo. Confesso que acho bom termos chegado a esse nível de intimidade. Então, já a caminho, conversamos sobre a volta e ele, com um sorriso, disse que eu não  me preocupasse e que poderia esperá-lo buscar o carro. Achei fofo. E notei que ele não era ele.
F. [s] T.

~A carta rabiscada em um caderninho esquecido.~