segunda-feira, 22 de junho de 2009

Para ir além do viveram felizes para sempre.

Brasília, 22 de junho de 2009.

D. L.,

Acabei de sair do seu Orkut e te deixei um recado assim: Amo você!. Depois que o enviei percebi que sinto falta de escrever pra você, mas de escrever de verdade. Cartas com páginas e páginas dizendo velhas rotinas. Senti falta de te ligar, de ficar ouvindo sua voz por horas e horas no telefone. Falta da sua risada. Falta do seu abraço, de deitar no seu colo e ganhar um cafuné, de ter que brigar com você pra colocar um pingo de juizo nisso que você chama de cuca.
Já tá tarde pra te ligar e pra dizer tudo isso, principalmente porque sei que se fizer isso nós acabaremos brigando por eu ficar tanto tempo sem ligar ou aparecer, por não te contar as coisas que acontecem na minha vida e pá. Acho que hoje descobri porque escrevo cartas e acho também que nunca te contei.
Escrevo por ser minha valvula de escape, meu jeitinho único de não encarar meus medos de procurar pessoas que não vejo ou falo a muito tempo. Medo das coisas não serem como antes, elas nunca são né?! Engraçado como sempre te digo isso e morro de medo disso tudo.
Engraçado como sou forte e guerreira pra você e no fundo não sou nada mais que uma criança presa num quarto escuro morrendo de medo do bicho papão.
Eu só queria aquelas velhas conversas de pilastra num pátio cheio de gente ao redor e que não fazem a menor diferença simplesmente porque você está lá, porque você segura na minha mão, sorri e fim. O mundo para de girar e só existe nós dois e aquele momento.
Certeza que se eu dissesse isso pra você no telefone você ia perguntar: F., você tá de TPM?. Eu ia soltar uma risada, te chamar de bobo e chorar um pouco sem que você percebesse. Odeio que você me veja chorar, pois sempre acho que isso vai fazer você desacreditar um pouco no conto de fadas da melhor amiga coração de pedra e cabeça no lugar. Amo ver nossa história escrita assim: conto de fadas.
E paro por aqui antes que solte um final feliz e ponha um fim nisso que ainda temos pra viver.
Amo você, mais do que no viveram felizes para sempre
porque o pra sempre é e vai ser sempre pouco pra nós.
Beijos
F. [s] T.

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