quarta-feira, 29 de abril de 2009

Para um gostar sem nome.

Brasília, 29 de abril de 2009.

C. D.,

Eu fiquei pensando tantas coisas hoje, tantas bobagens e tantas coisas esquisitas. Coisas que não pensava fazia tanto tempo. Coisas boas e coisas ruins. Coisas que sinceramente prometi ficar um bom tempo sem pensar.
Sabe a que conclusão cheguei? Cheguei a conclusão de que vocês homens são covardes, imaturos e estranhos. Vivem reclamando que mulher é isso, mulher é aquilo, mas no fundo vocês são a icognita da relação. São indecisos e não demonstram o que sentem.
Se ta bom, ta bom. Se não ta, não ta nada. Como assim? Reage, meu bem, reage. O mundo ta acontecendo lá fora e você não percebe.
Não nota que tem outras pessoas a minha volta e que eu não to nem ai. Que eu to desejando o mundo, mas se for com você lá comigo. Que to gostando mais do que gostaria, mais do que deveria. E sabe da maior? Não faço a menor idéia do que se passa ai.
Eu só queria saber até onde vai isso tudo, até onde posso sentir ou querer. É planejar, sonhar, desejar, ter vontades e até me esforçar um pouco mais. Só que pra tudo isso eu preciso de um sinal, um jeitinho, um sorriso qualquer. Uma saudade estranha, um telefonema, um e-mail, scrap ou mensagem. Qualquer coisa mesmo.
Preciso de você. De você do meu lado, mas principalmente querendo isso. Querendo tanto quanto eu quero neste momento, quanto eu te quero neste momento.
Já disse tudo né?! Eu gosto de você e ponto.
Um beijo
[Hoje, sem assinaturas porque essa carta foi escrita para o anonimato total]

sábado, 11 de abril de 2009

Para alguém que é apenas 'a pessoa do outro lado'.

Brasília, 11 de abril de 2009.

G. S.,

Hoje fiquei te olhando durante a missa. Você de um lado e eu do oposto. Veio tantas coisas a mente que você não faz idéia. Olhando aqueles pequenos no altar e lembrando dos nossos bons e velhos tempo.
Engraçado é ver a L. [f] S. e a I., cada um num canto com pensamentos diferentes e vivendo histórias diferentes. De alguns nem noticia se tem mais, outros viraram apenas esbarrões em quermeces, tem gente que nem isso, tem gente que de vez enquanto sente a saudade apertar e se torna um depoimento no orkut como se isso preenchesse aquele espaço vazio deixado pelo tempo.
É isso que nos tornamos: S A U D A D E, no sentido amplo dessa palavra vazia.
Onde foi no tempo que nós nos perdemos, que nos deixamos se perder? Eu sei quando te perdi. Foi quando deixei que nossa amizade passasse por cima dos nossos sentimentos, quando você confundiu as coisas e quando eu te deixei acreditar nisso. Foi quando magoado você quis me afastar e escolheu a forma errada pra fazer isso.
Sabe, hoje queria muito ter sentado e conversado com você do jeito que a gente fazia. Rir das bobeiras que a gente fazia e comparar com as pessoas de hoje. Eu ainda acredito que não existiu nem de longe amizade como a nossa. Eu, você, R. M., L. [f] S., I., L. [g], T. [m] C., F. R., A. A. e até o R. A. que nem ficou muito tempo com a gente.
Nós aprontavamos tanto, eramos cumplices, tinhamos responsabilidades e, o mais importante, estavamos lá, sempre, um apoiando o outro, pro que der e vier. E hoje? Hoje somo apenas esse sentimento de falta, de vazio. Somos apenas saudade.
Te amo como numa velha promessa de eternidade.
Beijos cheios de saudades
F. [pequena] T.

domingo, 5 de abril de 2009

Para sentir que está por perto.

Brasília, 05 de abril de 2009.

A. J.,

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim, mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade de um filho que estuda fora. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade de um cheiro. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Dóem essas saudades todas, mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama."
Miguel Falabela
Achei esse texto perdido no Orkut da M. [m] C. e fiquei lendo, relendo, lendo mais uma vez. Fiquei pensando como pessoas que nem sabem que eu existo podem definir tão bem o que sinto por alguém. E é assim, hoje sinto saudade de você.
Saudade dos abraços, do colo, das piadas e tiradas. Dos momentos de estupidez que vocês homens parecem não controlar. Confesso que sinto saudades até de dizer: 'eii, perae, eu ainda sou uma menininha.', eu ainda não compreendo o porque vocês me confudem tanto com um mulequinho, é um tau de futebol e mulher gostosa que me irrita. Ou melhor, não irrita, porque irrita da um duplo sentido que só nós, os 3 mosqueteiros (que na verdade eram 4, como nós), entenderia. Esses primos do D. L., viu?! Rs.
Enfim, hoje fiquei lembrando dos cartões de aniversario, das cartas, dos conselhos amorosos pelo MSN, das tardes no L. V. e dos telefonemas intermináveis.
É uma falta que ninguém que eu venha a conhecer irá suprir. Ninguém me faz sorrir como você fazia, ou faz. O jeito de abraçar, puff, não tem como. É proteção carinho, amor sabe?! É saber que mesmo não se vendo todos os dias, não ligando mais com tanta frequencia, as vezes ficando até meses sem ter noticias, você ainda vai estar lá.
Braços abertos sempre prontos pra me abraçar e um sorriso no rosto. É... Só você.
Fico por aqui de olhos fechados sentindo o seu abraço, sentindo saudade do seu abraço.
Do meu jeito doido, mas amo você.
F. [s] T.