segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Para a pior despedida.

Brasília, 30 de agosto de 2011.

H. C.,

Hoje é meu dia de te dizer tchau, de deixar você, mas sem que eu me esqueça jamais do que você foi pra mim.
Apesar da distância constante, distância essa que eu impus por puro sentimento precipitado, você me deixou várias lembranças que vão das dicas em relação a B. A., passando por um ótimo-gosto-musical-internacional e sem deixar de fora o cartasaumdesconhecido.
Tudo isso aqui começou por sua causa, por sua insistência em me fazer escrever e pela sua curiosidade em saber como e o que eu escrevi por anos no meu curioso diário em formas de cartas.
Lembro do dia em que postei a primeira publicação e de como você falava que eu devia divulgar pro mundo todas as coisas que eu escrevia, que minha saudade era comumente bela e que sim, eu era uma medrosa de não enviar essas cartas aos verdadeiros remetentes.
Continuo dizendo que talvez um dia eu as dê aos verdadeiros donos, mas por enquanto essa é só uma forma de enganar a saudade e a falta de quem já passou pela minha vida. É um jeito novo de esconder meus sentimentos bobos e de não revelar que por baixo da cara de menina brava, existe sim uma mulher frágil.
Todas essas coisas bobas que não saem da minha cabeça desde o dia em que você me deixou aqui, sozinha nesse lugar que não é bonzinho com ninguém. Me deixou esperando por uma promessa do melhor sorvete de Bsb e com músicas triste pra que eu me lembrasse pra sempre de você... Todas essas coisas que não me deixam te deixar no passado.
Me desculpe por não ter aproveitado cada segundo que eu poderia ter ficado ao teu lado, por cada vez que eu fingi não estar vendo você falando comigo ou pelo tempo que perdi chorando lamentações por algo que não mereciam minhas lágrimas (desculpa não ter acreditado em você quando me disse que não valia a pena) ao invés de estar rindo dos nossos pseudos papos nerds. É que no fundo, nunca admiti que eu realmente sou a menina boba e fofa que você sempre falou que eu era.
Talvez um dia, aqui pelo cartas que vai ser pra sempre meu maior elo com você, eu te conte todos os detalhes daquela viagem que eu nunca te contei. Talvez um dia... Mas agora, você precisa ir, você precisa descansar. Porque eu fiquei aqui e preciso continuar mesmo que sem a melhor parte de mim.
Como sempre: um beijo grande e um abraço forte.
F. [s-audade] T.