terça-feira, 16 de junho de 2009

Para uma data comercial transformada em sentimento.

Brasília, 12 de Junho de 2009.

Ao namorado inexistente,

Boa tarde, amor. Hoje é o nosso dia, dia que o comércio criou para supostamente nos homenagear, ou seja, sugar as últimas economias que sobrou da mesada do mês passado, já que a desse mês só sai dia 15.
Credo...Você conseguiu arrumar a namorada mais chata desse mundo né?! Que fica sendo sensata 24h por dia, 365 dias no ano. Sei que não sou a pessoa mais "bichinha" desse mundo, nem a mais cheia dos carinhos e você sabe que não é porque não sei ser, mas porque acho que desaprendi a ser tudo isso.
As palavras doces as vezes ficam presas na ponta da caneta dominadas por um medo de demonstrar o que estou sentindo e te assustar de vez da minha vida porque acho que prefiro ser uma pedra em forma de gente do que não te ter do meu lado.
Sim, medo! Essa gigante fortona aqui morre de medo de um dia te não ter mais seus cafunés e suas poesias ao pé do ouvido na frente de uma fogueira. Morre de medo de ter que ir caminhar sozinha em volta do lago ou de ficar doente, acordar e não te ver ali ajoelhado no chão do meu quarto vigiando meu sono.
É, meu amor, talvez eu não seja tão durona quanto tento ser. É que não quero um dia olhar pro que a gente viveu e sentir que foi só um tempo, mas quero que seja a boa lembrança das minhas manhãs, tardes e das minhas noites.
Você deve tá estranhando o tanto de "amor" que coloquei nessa carta hoje, já que não é meu maior costume, mas é que hoje queria te dizer o que nunca disse, te contar um daqueles grandes segredos que você diz que eu guardo cada vez que respondo um: não é nada não!
Meu bem, amar é tão mais fácil quando penso em você, quando estou com você e até mesmo quando sinto a saudade de você. Tudo com você tem um gostinho diferente, gosto de algodão doce, gosto de bala de caramelo, mas principalmente um gostinho de quero mais cada vez que paro de te beijar.
Nesse dia dos namorados, quero te agradecer por está sempre do meu ladinho e por aguentar esse jeito doido e inconstante que sei que tenho.
Amo você, assim do meu jeito torto e diferente, mas amo você.
Beijos
F. [s] T.

Nenhum comentário:

Postar um comentário