segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Para a magia do natal.

Brasília, 24 de dezembro de 2012.

Sr. N.,

Todo mundo escreve dizendo o que quer pro sr., mas essa minha carta é pra dizer, em um clichê aparentemente bobo lançado na publicidade, que eu acredito na magia do natal.
Porque presente de fato eu não ganhei agora, mas ao longo do ano quando tudo pareceu estar errado, e veio um reconhecimento surpresa do meu potencial. Eu voltei a acreditar que eu posso e sou boa no que escolhi fazer. Foi com os amigos que estavam quase esquecidos que bateram na porta pra dizer o quanto eles queriam estar comigo. Foi com a minha família me apoiando, com os lugares que eu conheci e re-conheci.
Foi no doce sabor de viver o amor puro mais uma vez, mesmo que não da forma convencional. Foi no, como dizia o poeta, "morrer de amor e continuar vivendo". Foi no acreditar que seria a última vez que suspiraria e, no fim, me pegar escrevendo essa carta pensando em como o tempo passa devagar quando se sente saudade de alguém.
E foi nisso tudo que eu sorri.
Então hoje, P. N., querido velhinho, eu aos meus x anos, te agradeço por tudo isso.
Feliz Natal
Com amor, 
F. [s] T.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Para uma vontade incontrolavel de sair amando por aí.

Porto Alegre, 12 de dezembro de 2012.

Sweet K.,

De novo estou nesse lugar que estranhamente me deixa sempre com vontade de sair por aí amando. Pode  ser o vendedor de chimarrão ou o mineiro abusadinho que já é quase um gaúcho. A verdade é que quando viajo, descubro um mundo de possibilidades para ser feliz e enxergo que não é o fato de ser temporário, mas sim porque não estou tão apegada ao fato de ter ou querer me apaixonar.
Vamos viver tudo o que há pra viver, não por uma falsa vida louca, mas porque tudo é muito pouco tempo quando falamos de ser feliz.

Com carinho e morrendo de saudades,
F. [s] T.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Para culpar.

Obrigada por roubar minha juventude, por roubar o tempo que eu tive para relacionamentos fofos e brigas imaturas. Graças a você eu faço isso hoje com todos que se aproximam de mim. Pena que as pessoas não tem paciência com essas coisas na minha idade. Mas ainda assim: obrigada mais uma vez, não por estragar tudo, mas por não facilitar nem um milimetro do que é ter um relacionamento de verdade. Você tinha razão: eu não sabia ter um, mas foi inocência minha ter imaginado que você poderia me ensinado isso.

~um bilhetinho todo azul~

domingo, 4 de novembro de 2012

Para a saudade de um amor contido.

Brasília, algum dia de algum mês do ano de 2005.

C. L.,

Essa não é mais uma carta de amor. São pensamentos soltos traduzidos em palavras pra que você possa entender o que eu também não entendo.
Amar não é ter que ter sempre certeza, é aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém.  É poder ser você mesmo e não precisar fingir, é tentar esquecer e não conseguir fugir.
Já pensei em te largar, já olhei tantas vezes pro lado, mas quando penso em alguém é por você que fecho os olhos. Sei que nunca fui perfeito, mas com você eu posso ser até eu mesmo que você vai entender. Posso brincar de descobrir desenho em nuvens, posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis, posso tirar a minha roupa, posso fazer o que eu quiser, posso perder o juízo, mas com você eu to tranquilo.
Agora o que vamos fazer? Eu também não sei. Afinal, será que amar é mesmo tudo?
Se isso não é amor, o que mais pode ser? Estou aprendendo também.

F. [s] T.

~J. Q. cantando nosso amor adolescente.~

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Para se apegar.

Brasília, 01 de novembro de 2012.

F. [s] T.,


Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo.  Eu amo outro alguém.  Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. 


E vem você e se apega a uma frase solta.

s. r.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Para um encontro inesperado.

Brasília, 22 de outubro de 2012.

A.,

Eu a vi. Sei que não devia, sei que prometi, mas não podia imaginar que ela estaria ali. Bebendo. Com um vestido azul que, surpreendentemente, eu não conheço. Ela sorria e esbanjava simpatia.
Tentei evita-lá, mas aquele bar, já não tão grande, me parecia menor. Onde eu ia, lá estava ela. Linda.
Linda como nunca.
E entre um copo ou outro de cerveja a vi de longe com mais um copo na mão. Não acreditava que ela, que quase nunca bebia, que estava sempre dirigindo, estava ali, bebendo. Sem mim.
Eu sei, A., coisas pequenas, mas que não saiam da minha cabeça. Coisas que se misturavam com a imagem dela, vestindo a minha camisa. Apenas a minha camisa. Ali, perto do fogão tentando esquentar qualquer coisa. Ela sorriu. Disse que queria fazer uma surpresa.
Como ela iria pra casa? O que ela fez com a minha camisa? Será que ela tem outro alguém? Ela não me devolveu, tenho certeza!
Minha mente se confundia. Todo o tempo o tempo todo. A., precisava sair dali, e então o fiz.
Dei tchau. E com um sorriso ela disse: não suma. E então sorri de volta.


B.

domingo, 2 de setembro de 2012

Para o presente que nunca será entregue.

Brasília, 30 de agosto de 2012.

[-].,


"Eu não sei nada de você
E mesmo assim não consigo te esquecer
Foi assim como ver o mar
A primeira vez que eu vi você passar
Eu ficava te olhando,
E sem perceber fui me apaixonar
Eu estava tão distraída
E você chegou para mudar minha vida
Você é tudo o que eu sempre quis
Quem mandou você me fazer tão feliz
Eu vou roubar você pra mim
Te quero."


Da sua v. m.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Para o gosto de liberdade.

Brasília, 24 de julho de 2012.


Querida K.,

Antes de dormir hoje, precisava te escrever e perguntar como sabemos que realmente nos libertamos de algo? Eu Acho que hoje eu perdi o medo, querida K.. Depois de tanto tempo...
Eu acredito que estou livre de novo pra me apaixonar. Foi a primeira vez que consegui me lembrar pura e simplesmente das coisas boas que vivi com ele. 
Lembrei do monitor charmoso das aulas de quinta de manhã, de como ele ficava ali quietinho me observando (e eu observando ele), de toda minha manobra pra descobrir o nome e o e-mail dele.
Lembrei daquela sessão de cinema no domingo depois da missa, da piada boba que ele fez dizendo que ia me prender na maquina de ursinho, do primeiro beijo quase escondido na escada minutos antes do filme.
Lembrei do primeiro "amor" que soltei, de como eu fiquei sem graça e ele com um sorriso bobo. Lembrei do pedido de namoro nada romântico na parada de ônibus e de como ele sempre esperava o ônibus sair para dar o último tchau.
Lembrei das longas conversas, das grandes descobertas, lembrei de como é sentir saudades tendo acabado de ver alguém.
Lembrei de tanta coisa que eu nunca esqueci, mas, querida K., foi a primeira vez em 4 anos que eu lembrei só das coisas boas completamente desligadas de todo o mal que ele me causou, de toda a amargura que ele me deixou como maior lembrança.
Querida K., acho que ganhei um novo motivo pra esquecer: lembrar. Talvez eu ainda não esteja livre, mas já me sinto mais leve.
Durma bem, querida K. 
e tenha bons sonhos como eu terei.
F. [s] T.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Para servir de manual.

Brasília, 05 de julho de 2012.

Futuro namorado,

Ela é doce e tudo o que te peço é que você não mate isso nela. Essa é a essência da mulher incrível que eu conheci e conheço. Essa carta não é para medir forças com você que é o novo amor, mas sim para assegurar que se não for você o tal "pra sempre" dela, que outro cara possa conhecer a menina-mulher que na minha opinião é a mulher-menina que todo homem devia ter pelo menos uma vez na vida.
Ela é companheira e estará com você em todos os momentos. Lembre-se de valorizar esses momentos que ela estará com você, principalmente quando se tratar de programas que só você quer fazer. Não importa muito pra ela qual a festa chata da vez desde que ela volte pra casa com a certeza de que você sorriu ao menos uma vez sinceramente, e se esse sorriso for pelo fato dela estar contigo, acredite em mim, ela não precisará de muita coisa pra esquecer o quão chata foi a noite.
Ela será a namorada mais legal para todos os seus amigos. Ela vai nos churrascos, ela bebe, joga baralho, conversa sobre futebol e fala de mulher bonita (até promete - mas não cumpre - apresentar umas amigas para eles). 
Ela vai te deixar sair sem perguntar pra onde, como, quando você volta ou com quem vai, mas não abuse disso. O erro da maioria é não entender esse lado compreensível (que tende mais para segurança) ou abusar.
Não confunda a ingenuidade dela com burrice. NÃO CONFUNDA!
Ela é do tipo que fala muito (e como fala). Ela adora conversar (o que não significa discutir, ok?), ela quer falar de como foi o dia, do quão bonitinho foi o vídeo que ela viu ou de como é legal a nova música do rádio. E sobre isso tenho duas considerações: a escute e dê atenção, pois quando você quiser falar, ela não hesitará em calar-se e apenas te ouvir; e, por favor, desconfie se ela ficar quieta demais. Não é do jeito dela essa coisa de "quietinha". Ela é espoleta ao extremo.
Ela gosta de cinema. Ela gosta de ir no cinema sozinha as vezes. Ela gosta que segurem a mão dela nos filmes de terror.
Música? Ela ama. Ama quando alguém lembra dela ouvindo qualquer coisa. Ela associa tudo e qualquer coisa ou pessoa a uma música. Não fique com ciúmes se um dia tocar "Não vá embora" da M. M. e ela dizer que lembra de mim ou quando tocar "Sonífera Ilha" e ela dizer que lembra do F. [c] L. São só lembranças. Não esqueça que ela está te dando a chance de ser o presente dela e não o passado como tantos outros foram, como eu sou.
Ela anda sempre bonita, odeia salto, mas usa mesmo assim. Ela gosta de se maquiar e faz mesmo tendo muita preguiça dessas firulas de menininha como ela mesma diz. Ela gosta de novelas e chora assistindo videoclipe.
Ela tem manias estranhas, mas nada de muito anormal.
Ela sempre pinta as unhas de vermelho e por mais que você diga que prefere os claro, ela dirá que não, vermelhos são mais bonitos, mas a grande verdade é que ela só pinta dessa cor para controlar o péssimo hábito de roer as unhas.
Ela tem queda de cabelo e se acha gorda. Ela já foi gordinha, ops, SUPER gorda como ela insiste em contar pra todo mundo, mas pra mim era só gordinha. Ela guarda com orgulho o sutiã 48 e diz que é para se lembrar de nunca mais ser assim.
Ela gosta das pernas e não dos peitos. Não insista, acredite em mim, ela vai continuar odiando aqueles lindos peitos.
Ela é carinhosa e gosta que deitem no colo dela pra fazer cafuné no cabelo. Pode se aproveitar disso o quanto quiser.
Ligue no fim do dia as vezes. Diga que sente saudade se sentir. Fale que só queria ouvir a voz dela. Ela valoriza essas coisas, mas seja sincero.
Ela tem muitos amigos homens, daí vai uma dica preciosa: ela conhece TODAS as facetas de um quando quer enrolar. Eu disse TODAS.
Ela finge se enganar as vezes, diz ela que evita certos sofrimentos de ambas as partes, mas a verdade é que ela prefere sofrer sozinha a ouvir uma pessoa tentando enrolá-la de mil maneiras ruins.
De novo, ela é doce. Não acabe com isso. Ame-a todos os dias enquanto durar esse amor, pois eu não posso dar certeza de que isso será pra sempre, mas digo que você sentirá saudades da mulher mais incrível que você conhecerá.
Ex-namorado

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Para um bilhetinho entregue no intervalo da 4ª aula.

[sem data]


[sem remetente]


"Quem sabe com você eu teria achado o que sempre me faltava: cores, colagens, sons, emoção!" [...] uma música, uma saudade e meu oitavo sentido dizendo que você é o cara da minha vida. ♥


[sem assinatura]

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Para uma noite sem luar.

Brasília, 18 de junho de 2012.


P. E.,


Eu vejo que aprendi o quanto te ensinei e é nos teus braços que ele vai saber. Não há porque voltar, não penso em te seguir, não quero mais a tua insensatez.
Queria ser como os outros e rir das desgraças da vida ou fingir estar sempre bem, ver a leveza das coisas com humor. Todos os dias antes de dormir, lembro e esqueço como foi o dia. Sempre em frente. Não temos tempo a perder.
E depois do começo, o que vier vai começar a ser o fim e o que dizem é que foi tudo por causa de um coração partido. Um coração.
Me fiz em mil pedaços pra você juntar e queria sempre achar explicação pro que eu sentia. Sei que as vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas. Sou um animal sentimental, me apego facilmente.
Quantas chances desperdicei quando o que eu mais queria era provar pra todo o mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém e eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu quero o mesmo que você.
Então me abraça forte e diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo. Temos nosso próprio tempo enquanto o caos segue em frente com toda calma do mundo.
Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre, vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente.
Acho que estou gostando de alguém e é de ti que não me esquecerei. E quem irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?
F. [s] T.

~R. R. e todo o meu amor não compreendido.~

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Para antes do felizes para sempre.

Brasília, 15 de junho de 2012.


Futuro [p] m.,


Amanhã será nosso grande dia e eu te escrevo, não para que você desista, mas sim para que você tenha certeza quando dizer convicto que estaremos juntos até que a morte nos separe (dramático isso, né?).
Bom, a verdade é que já passamos inúmeras noites juntas, mas o que você não sabe é que de manhãzinha eu acordo só pra ter certeza que você ainda está lá. Que eu as vezes eu te olho como boba por não acreditar que você realmente está e principalmente quer estar comigo.
Eu pego na tua mão para atravessar a rua, não é pelo medo bobo de atravessar a rua (mesmo que eu realmente tenha medo de atravessar a rua e você ache isso um medo-bobo-gracinha). Eu pego na tua mão pra me sentir segura.
Você não sabe, mas eu o d e i o dividir minha tortelete e adoro monopolizar o controle remoto, mas posso ceder (um pouco, bem pouco) por você.
Eu não entendo nada de futebol, mas aprendi a regra do impedimento só pra poder conversar contigo depois do jogo de domingo. Eu não entendo de futebol, mas adoro ir aos teus jogos, torcer, gritar e até xingar o juiz.
Eu tomo banhos demorados e muito quentes, me arrumo rápido só pra você dizer que ama como eu não sou aquelas menininhas indecisas na hora de escolher a roupa. A grande verdade é que escolho semanas antes a roupa que vou vestir nos nossos encontros.
E o último segredo é que você não sabe, mas toda noite eu falo baixinho com D., e não peço pra você estar sempre comigo. Eu só agradeço por nessa vida ter tido a chance de ter você.


T. A.
F. [s] T.

domingo, 20 de maio de 2012

Para os mil (des)amores.

Brasília, 20 de maio de 2012.

Sweet, K.,

A primeira vez que o amor me sorriu, virei as costas a ele. Eramos amigos e estavamos na fase de que meninos odiavam meninas e vice versa. Mas ainda assim, eramos tão amigos. O amor disfarçado de implicancia, tudo mascarado em amor de criança. G. [p.] B. eu te amei em silêncio.
Da segunda vez, o amor me trouxe um sentimento puro, verdadeiro.E foi o tempo o responsável por transformar meu grande amor no meu melhor amigo. D. L. eu te amei, te amo e pra sempre te amarei em cada tempo de formas diferentes e singulares.
Da terceira vez que o amor surgiu, ele resolveu me dar seguidas chances de entender que tudo aquilo era pra ser vivido. Mas ainda assim não soube enxergar no medo do C. L. ou nas cartas de amor do A. [b] M. que tudo aquilo era verdadeiro. Eu amei vocês sem perceber.
Da quarta vez que o amor sorriu pra mim, ele literalmente sorriu. Trouxe o que eu julgava principe encantado, mas como todo conto de fadas, não passou de um grande sonho. E sorrisos se transformaram em lágrimas e o amor em mentiras. A. B. eu te amei com toda a minha inocencia relacionada ao amor.
Foi no fim desta quarta hitória que desacreditei no amor.
A quinta, sexta e sétima vez, eu chamei de amor. Me convenci disso e sofri por isso. R. M., F. T., G. S., G. C. ou F. L. desculpa se tentei convencê-los que sabia o que era amor e obrigada por me ensinarem o que não é. Ainda com tudo isso, eu os amei, da forma errada, mas sem deixar de ser amor.
O que me fez entender tudo isso, querida K.? Ainda não sei, mas acordei hoje sentindo que de alguma forma o amor está próximo de mim, mas ainda não estou pronta para enxergá-lo. 
F. [s] T.
 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Para a triste rotina

Brasília, 09 de maio de 2012.


Querida K.,


Hoje eu acordei, coloquei meu melhor vestido, liguei o rádio e fui trabalhar com um belo sorriso para um dia cheio, divertido e cheio novamente, necessariamente nessa ordem.
Uma gripe que não me deixa em paz e no rádio um jornalismo que confesso não me interessar.
Troquei pelo CD e um sambinha parodiava a M. M. dizendo no meu ouvido:

"Agora vem pra perto vem, vem depressa, vem sem fim dentro de mim
Que eu quero sentir o teu corpo pesando sobre o meu, vem meu amor, vem pra mim
Me abraça devagar, me beija e me faz esquecer..."

Fechei os olhos por alguns segundos, dane-se todos os outros carros, K., eu quase pude senti-lo tocar nos meus cabelos e sua respiração misturando com a minha.
Foi quando cheguei em casa, me distrai e vi que ele não ia estar lá, que o próximo afago não viria de quem eu tanto queria... E assim, segui.


~Talvez a felicidade esteja em seguir em frente.~

E como mágica todas as frases de amor e desamor fizeram sentido.
Apesar de todos os pesares, 
eu fiz meu melhor, 
ainda que não o suficiente.
F. [s] T.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Para agradecer os 4 anos que definiram uma vida.

Brasília, 27 de março de 2012.

Querida, K.,

Ninguém além de você merecia esta carta, afinal de contas, foi você quem tantas vezes representou as pessoas que realmente merecem esta.
Foram 4 anos. E nesses 4 anos eu me tornei quem eu sou hoje.
Eu conheci um lado de mim mesma que ia além do que todos viam, que ia além do que eu mesma acreditava.
Eu sai da escola menina. Uma menina, confesso agora, um pouco triste, um pouco solitária, e muito decepcionada com a oportunidade que estava ali pra mim. Eu não queria aquilo, eu não enxergava nada naquele mundinho. Até que eu viajei...
Conheci nesses 4 anos um lugar chamado futuro pra mim, mas que muitas pessoas conhecem como [s]. Descobri que existia vida além do campus, que o que definiria meus passos dependia só de mim e não do lugar pra onde eu iria todas as manhãs nos próximos anos.
Não abandonei um sonho, apenas mudei a direção pra alcançá-lo. Fui criticada por isso. Doeu.
Esse foi o momento que deixei pessoas pra trás. Meu coração se partiu, pela primeira vez, então.
Reencontrei meu passado e fiz as pazes com ele. E, ironicamente (ou não), foi esse mesmo passado quem mais tarde seria minha maior inspiração para acordar todos os dias e dizer que fiz a escolha certa.
Conheci o príncipe encantado, querida K., e o vi se transformar em sapo. Meu coração se partiu pela segunda vez. E nesse momento desacreditei em todo aquela história de amor e fadas. Não queria mais ser [s], eu queria ser só eu mesma e que de preferencia passasse despercebida ali onde eu estava.
Aprendia dançar. Aprendi a respeitar as diferenças. Aprendi que eu tinha um mundo de coisas pra aprender e que corações partidos faziam parte disso.
Eu tive medo. Eu olhei ao meu redor e achei estar só. Desculpe por não ter ver lá, K., me desculpa por tantas vezes duvidar que era você quem ia me abraçar e dizer que tudo ia terminar bem.
Querida K., foi você quem acreditou e disse que um dia eu seria tudo o que sou e é quem diz que eu ainda serei muito maior que tudo isso.
Aprendi a não me apegar. E aprendi a me apegar l o u c a m e n t e, mesmo que por tempo determinado.
Trabalhar cansa, mas se rola um sorriso no final... Ah, querida K., é porque vale a pena todo o esforço. E sabe, eu só tenho o que agradecer pelos profissionais incríveis com quem me deparei. Claro, sem me esquecer dos mestre que me ajudaram a chegar até aqui.
Minha sweet, eu aprendi de uma forma amarga o quão as pessoas podem ser más, mas que eu posso superar isso.
Chorar é bom. E se você me entende ao dizer isso, não se preocupe. Você ainda vai entender.
Confesso que nunca senti esse frio na barriga ao terminar nada que comecei, mas sabe, K., eu consigo olhar pra trás e dizer que faria tudo de novo outra vez.
Hoje eu consigo ver (e, principalmente, entender) a linha tênue entre quem eu acho que está comigo e quem segura minha mão quando eu preciso. E que, até pra um coração em pedaços, existe um gostinho de felicidade...

~Dedicado a todos aqueles que são meus queridos K., obrigada por estarem comigo nesses 4 anos e nos próximos 1.000.~
F. [s] T.

domingo, 4 de março de 2012

Para L.H. dizer o que eu não tenho coragem.

Brasília, 04 de março de 2012.

F. [c] L.,

Olha, da primeira vez que eu estive aqui foi pra me distrair. Eu vim em busca do amor.
Olha, foi então que eu te conheci naquela noite, nos seus braços os problemas esqueci.
Olha, da segunda vez que eu estive aqui, já não foi pra me distrais... Eu senti saudades de você.
Olha, eu precisei dos seus carinhos.
Eu me sentia tão sozinha e já não podia mais te esquecer.
Eu vou tirar você desse lugar, eu vou levar você pra ficar comigo e não me interessa o que os outros vão pensar.
Eu sei que você tem medo de não dar certo, acha que o passado vai estar sempre perto e que um dia eu vou me arrepender...
E eu quero que você não pense em nada triste, porque quando o amor existe, o que não existe é tempo pra sofrer.
~L. H. cantando o que chamo de nossa história.~
Do verbo teadorar
F. [s] T.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Para uma dúvida simples e cruel.

Brasília, 22 de fevereiro de 2012.

Querida, K.,

De que me adianta o vestido que valoriza meu corpo, o brinco que ressalta meus olhos, o sorriso sincero e todo o esforço, se no fundo, se na verdade, no fim da noite não vou tê-lo por inteiro?

F. [s] T.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Sobre o filme da vida.

Brasília, 20 de fevereiro de 2012.

Querida, K.,

Eu queria só uma vez ter certeza das coisas do mundo. Certeza de que tudo vai ser como planejado. E me pego perguntando se tudo teria a mesma graça se fosse assim, premeditadamente perfeito...
Talvez não fosse perfeito, sweet. Mas seria menos doloroso.
Porque as pessoas inventam essa fantasia em torno do amor? Porque a gente cresce acreditando nessa grande mentira de que todo mundo nasce pra ser feliz e que felicidade completa só há quando se está na zona de conforto, cercada pelas pessoas certas no lugar certo?
Afinal de contas, quem são essas pessoas, onde é essa Neverland? Cade o menino que não cresce e a fada que brilha?
É que não me adianta mais a trilha certa para personagens errados em cenários errados. Eu quero meu filme completo, com direito a jantar na lanchonete da esquina e um belo beijo no final. E se não for pedir muito, querida K., por favor, escreva ali no cantinho da minha vida o meu viveram felizes para sempre.
F. [s] T.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Para a promessa de um bom ano.

Brasília, 05 de janeiro de 2012.

Little K.,

Esse não é meu ano do amor, não quero paixão, nem olhos brilhando.
Eu só quero colocar minha vida em ordem. Quero cuidar de mim e dos que me rodeiam, mas principalmente dos que estavam comigo e eu deixei no passado por escolher e priorizar outras coisas... Ah, querida K., eu tenho grandes planos pra 2012.
Rabisquei em um pequeno papel que esse ano é o ano da vaidade. Vou ser mais menina, mais delicada. E logo depois disso, será a hora de fazer as pazes com o passado.
É aqui, nessa parte do plano que vou esquecer as diferenças, as mágoas. Cheguei no ponto que não posso seguir em frente se eu não estiver bem com aqueles que me fizeram ser como sou hoje.
As mentiras me magoaram, mas a lembrança é que não me deixa seguir em frente.
Não serei hipócrita. Não direi que desejo o bem a todos, eu não sou mais ingênua assim. Não sou boa o suficiente para esquecer aquilo tudo que me transformou em outra pessoa, mas hoje, sou forte o bastante pra vê-lo e não temer.
Eu não tenho mais medo, porque não posso perder o que nunca tive. Eu começo o ano convencida de que nunca tive realmente algumas pessoas. E começo o ano sabendo, também, que tive pessoas sempre na minha sombra. Pessoas que seguraram minha mão, que choraram comigo e eu não percebi. Meu medo impediu de manter essas pessoas. Foquei (e que fique claro aqui que não me arrependo) em outro momento da minha vida, fui de cabeça na faculdade e me afoguei no trabalho.
Tirei um tempo para conhecer várias pessoas e não me apegar a elas. Foi preciso ser forte pra fazer isso. Ser forte como eu já não acreditava ser e agora sei que posso.
K., a primeira carta do ano, tinha que ser sua. Você que nesses 3 anos de cartas representou tantas pessoas que passaram na minha vida. Foi por tantas vezes meu refúgio, foi aquela pra quem escrevi segredos, coisas que não tinha coragem de dizer, aquela que entendia todas as coisas, todas as siglas, iniciais, todos os lírios e os t.a..
Essa não é uma carta de despedida, é apenas um obrigada por estar sempre comigo. Mas agora, agora é hora de trazer algumas pessoas de volta.
T. a. como sempre.
F. [s] T.