segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Para substituir um ombro amigo.

Brasília, 15 de fevereiro de 2009.

M. Q.,

Oi. Não faço idéia de como começar essa carta, na verdade, não me lembro a última vez que não sabia como começar uma. às vezes me perco no meio ou falo, falo por não saber como termina-lá, mas o começo é sempre tão fácil e espontâneo. Que difícil!
Sabe, eu sei o quanto você queria e o quanto se esforçou. Já foi 1 ano de cursinho e eu entendo que depois desse tempo todo você começa a achar perda de tempo estudar mais de 8h por dia, mas é preciso, mais do que nunca, ter garra pra continuar correndo atrás desse sonho. Se não foi dessa vez é porque não era o momento, é porque tem algo muito maior reservado e guardadinho pra você lá na frente.
Lembra dos tempos de E. M.? Lembra dos sonhos, das vontades, das brigas... Lembra o tanto que mudou, o tanto que a gente aprendeu? Eu não me esqueço. As vezes até me pego pensando nos velhos tempos com uma saudade, com uma vontade de "querer de volta". Nossa, lembrei do tanto que eu queria a UnB e o tanto que me decepcionei quando passei por isso que você ta passando hoje. Minha cara na frente do computador, a falta de coragem pra ir contar pra minha mãe (e olha que ela já sabia que eu não tinha passado). É frustrante, eu sei. Mas pra mim, pensando hoje, foi tão melhor não ter passado. Eu amadureci muito na UCB, de uma forma que talvez eu não amadurecesse na UnB.
Pensa nisso. Pensa que não era pra ser seu agora, mas é pra ser seu. A gente vem ao mundo pra ser feliz de um jeito ou de outro, pena que a gente não escolhe como e quando alcançar ela. Cedo ou tarde ainda vou te deixar carequinha e com um sorriso no rosto e um brilho nos olhos de quem ta, hoje, e estará, nesse dia, muito orgulhosa de você.
Se cuida, meu bem, se cuida!
Adoro você.
F. [s] T.

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