quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Para vários "se" e um querer.

Brasília, 16 de dezembro de 2010.

D. A.,

E se eu sentir medo, quem irá segurar minha mão? E se me der vontade de chorar, quem irá me abraçar? E se eu precisar de um abraço as 3h da manhã de uma terça-feira?
E se eu quiser viajar pra bem longe, quem vai me acompanhar? E se eu quiser conhecer um lugar exótico com pessoas estranhas só pela boa música? E se eu quiser conversar baixinho sentada na areia, quem vai estar ao meu lado? Quem vai comer brigadeiro e tomar vinho comigo no tapete velho da casa minha avó?
Quem vai passear de mãos dadas comigo em O. P.? E se eu quiser fazer trilha, acampar e comer marshmallow derretido na fogueira, quem vai encarar o programa de índio? Quem vai passar frio ou morrer de calor comigo? Quem vai voltar, lembrar e rir dessas maluquices?
Quem vai me fazer sorrir em dias tristes? Quem vai me ligar pra simplesmente ouvir me voz? Quem chegará de surpresa, quem levará um l., quem entenderá a história do l.? Quem vai chegar de mansinho, tapar meus olhos e perguntar no meu ouvido: "-adivinha quem é..."?
E se eu sentir saudade, de quem será? E se eu, de repente, resolver acabar com a falta, quem me motivará? Quem me incentivará?
E se eu contar toda essa história, quem fará meus olhos brilharem? Quem estará lá pra ouvir pela milésima vez e ainda assim se emocionará? E se eu quiser me emocionar?
E se eu trocar tudo por alguns segundos de boas lembranças?
E se agora, depois de tudo isso, eu disse que não quem é, mas sei quem gostaria de fosse? E nesse momento, eu só queria você. Você segurando minha mão.
F. [s] T.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Para o fim de um carinho infinito.

Brasília, 18 de novembro de 2010.

A.,

Por dias você passou em frente ao computador disperso, distante. Era sua tese e mais nada. Era mais sua tese e menos de mim.
Passei dias tentando entender a importancia dessas palavras na sua vida. Tentei não me esquecer da minha importancia nela. Tentei, cada dia mais, não esquecer do A. por quem me apaixonei, não me esquecer de quem você é, ou era.
De como você sorri bobo quando se perde ao me olhar, de como você me abraça, me beija e me deseja sem hora, mas, principalmente, de como você me deseja sem motivo, assim, apenas por desejar. De como você acorda zangado ou de como teu humor muda ao longo da manhã. De como você é inteligente, de como você fala, de como você tenta descobri o que as mulheres querem, o que eu quero. De como você tenta realizar meus pequenos caprichos, de como me faz feliz.
De todas essas coisas que me lembram você. De todas essas coisas que um dia fizeram com que eu me esquecesse, me anulasse e vivesse uma fantasia daquilo tudo que nosso convivio me transformava.
Uma perda de desejo gradativo.
Sorrisos transformados em lágrimas, alegrias em tristeza. Paixão. Paixão transformada em desilusão. Fim!
É quando meu amor acaba, reduz a pó. É quando volto a lembrar de mim e me esquecer de você, pena é que tenha que começar por todas as coisas boas que vivemos.
Adeus, e não mais até logo
Não mais com carinho
L,
~Baseado em um des-amor imaginário, mas não impedido de ser real.~

domingo, 29 de agosto de 2010

Para uma boa lembrança.

Brasília, 30 de agosto de 2010.

R. G.,

Pequeno príncipe. Ainda me lembro de como te chamava nas nossas longas conversas no MSN até o sol raiar.
O tempo em que eu dividia com um quase desconhecido minhas angústias e meus amores. Dividia sonhos, planos e desejos. Desejos esses que hoje viraram apenas lembranças. E você, consegue se lembrar deles?
Da ansiedade pelo vestibular? De como planejávamos comemorar? Da minha carreira como publicitária, da minha ida pra S.P. quando me formasse, de como mesmo de longe eu conhecia todos os seus amigos sem nunca ter os visto e vice versa. Lembra do fim de semana que sonhávamos passar em S.?
Ainda me lembro de como você me deixava confusa com todos os sentimentos inexplicáveis e ao mesmo tempo, você conseguia me fazer sentir a pessoa mais protegida do mundo, mesmo que a 1000km de distância.
Uma noite, um corredor, um "oi" e um sorriso. Uma cumplicidade, uma saudade, uma eternidade. Um sentimento sem explicação, uma boa risada de um sotaque paulistano ao falar inglês. Uma espera. Uma espera sem fim por ver teu nome aparecer, uma espera para que a noite chegue e meu dia comece.
Um carinho, um único carinho. Um único jeito de sentir e demonstrar esse carinho.
Você.
Você em todos os sentidos. Minha maior e melhor lembrança. Você. Você nos meus sonhos. Você meu passado, presente, futuro. Passado.
Você na saudade. Você, minha saudade.
Te amo o tempo que durar nossos sorrisos.
Te amo pra sempre.
Te amo como nunca pensei em te amar naquela última noite.
F. [s] T.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Para um conto de fadas moderno (leia até o final, se puder).

Brasília, 24 de agosto de 2010.

M.,

Sabe aquele príncipe que você cresce esperando bater na tua porta? Aquele que inicialmente apareceria com uma roupinha brega azul, um chapéu com pena e um cavalo branco. Ele te traria uma rosa, beijaria delicadamente sua mão e te puxaria para junto dele em teu cavalo. Vocês viveria felizes para sempre. Fim.
Pois é, a gente cresce um pouco e a nossa visão de algumas dessas fantasias se transformam. Outras não. O cavalo passa a não existir, o príncipe passa a usar umas roupas mais descoladas. Beijo não mão já é um pouco demodê, convenhamos ninguém merece um desconhecido, mesmo que futuro príncipe, babando na nossa mão né?
Mas, mesmo com todas essas mudanças, você ainda espera uma série de sinais para reconhecer o príncipe encantado. O arrepio que cai sentir quando ele pegar na tua mão, o coração acelerado quando o nome dele aparece na tela do celular (sim, celular, afinal de contas você já está na fase de ser uma princesa moderninha), o gesto involuntário do pé subir enquanto acontecer teu primeiro beijo com ele.
Algumas princesinhas vão mais longe e dizem que até aquela irritação por todos os atos dele pode ser um sinal de "paixonite" pelo tão esperado príncipe, mas, aqui, descartaremos essa hipótese.
O tempo passa.
O tempo passa e você passa a perceber que os sinais são confusos. Que muitos parecem príncipe, mas agem como sapo. Você se frusta. Se machuca, se decepciona. Você passa a não acreditar no conto de fadas do qual você foi programada pra acreditar desde sempre.
E por falar em sempre, o que aconteceu com o felizes para SEMPRE? Pois é, sem príncipe, sem final feliz. E claro, você deixa de ser R. e passa a ser C. V..
É, a C., aquela solteirona que só tem vocação pra se deparar com os famosos "L. M.", que se entope de doces falando que são para a v. e joga a culpa de tudo na TPM.
Q., TPM não é desculpa para todos os males do mundo, nem mesmo para seus casos-amorosos-rolos-eternos-sem-futuro.
E é ai que você passa a dizer para todas as amigas "casadas" o quão bom é não se apaixonar, o quão bom é não dever satisfação, sair para qualquer lugar com qualquer pessoa, bom mesmo é ser independente, e você diz tudo isso tão convicta que passa (quase) a ser verdade.
E ser C. já não te incomoda e você já não faz questão de um principezinho loiro de cabelo liso forte o suficiente para te carregar no colo. Você se tornou a famosa "auto-suficiente".
Mas quando menos se espera, aparece aquele magrelo, um pouco desengonçado, engraçado (e aqui eu não falo daquele que só faz piadas idiotas ou imorais, mas daquele que te faz rir pelo simples fato de estar presente), aquele que inexplicavelmente você sente falta. Como eu disse ele não beija tua mão, não abre a porta do carro. As vezes ele liga, as vezes não. Essa figura, que nem de perto se parece com príncipe algum (nem mesmo se você estender os critérios ao S.), passa a representar algo na tua vida: Saudade.
E é na saudade que você vai se lembrar do que o A. [b] M. me disse uma vez e eu vou, agora, dividir com você: todo garoto é príncipe, mas quem os torna encantado é você.
Agora, você descobre que nunca foi C., mas sim B. A.. E ao despertar, você não continua a ser como ela, você é, simplesmente, a princesa que você escolher ser para esse príncipe. Você passa a ser você mesma.
E não, não tenho um final feliz e perfeito para vocês. Tenho, apenas, um começo perfeito, e acredite quando digo, que isso já será suficiente para ser feliz por muito tempo.
The End
F. [s] T.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Para uma rotina.

Brasília, 14 de julho de 2010.

G. M.,

Eu gosto da minha rotina. Gosto de como acordo todo dia com o mesmo pijama cor de rosa de 3 anos atrás, aquele com um sapinho bem feio na frente e umas estrelinhas no shortinho. Gosto de como enrolo 5 min brigando com a cama, levantar ou não? Lenvantar!
Gosto de tomar banho quente logo cedo. Gosto de deixar a águas escorrer da cabeça para as costas, das costas para as pernas passando sutilmente pelo meu bumbum, assim, como em um ciclo infinito que só finda ao notar que já estou a 30 min no chuveiro. Sim, eu gosto de como demoro no banho.
Gosto de abrir meu guarda-roupas e sempre fechá-lo após optar pela segunda roupa vestida. Gosto de experimentar, combinar. Gosto de como as vezes me acho gordinha de frente pro espelho, mas gosto também quando encontro um rascunho de cintura.
Gosto da forma como abro devagar a porta do quarto dos meus pais e os vejo dormindo. Da voz rouca da minha mãe dizendo: Vai com Deus, filha! Amo você.
Confesso que gosto de entrar no meu carro. Gosto de acelerá-lo na EPTG até a chegada do único pardal. Gosto das rádios favoritas que tenho no meu carro, gosto de todas elas, das que tocam T. até as que tocam aquela versão divertida de A. F. com I. S., é eu gosto delas ok?
Gosto de chegar no prédio e ter vaga no estacionamento superior, mas caso não tenha, estaciono na lateral e dou um bom dia para o f., gosto da forma como ele me responde sorridente, gosto de como ele faz com que meu singelo bom dia pareça especial. Gosto, as vezes, de pedir para que ele lave meu carro, mas as vezes minto que vou para a chácara no fim de semana e que é melhor deixar para a semana seguinte. Não gosto de menti, mas as vezes se faz necessário.
Gosto de chegar na agência, de dizer "bom dia, meninos" e de esperar minha chefe terminar de arrumar o cabelo. Gosto de como ela vem rindo, desejando bom dia com o secador na mão. Gosto do "oi" tímido da M., do abraço misturado com cócegas do L. [t] C., do olhar preocupado da M., gosto até das piadinhas do R. B., mas, por favor, não conte isso para ele. Gosto das músicas que cantarolo com M., do jeito fechado da A., do vício por chocolate dividido com os meninos da sala de vidro.
Gosto dos milhares de e-mails que me enlouquecem todo dia, das mil campanhas, da geografia louca que tenho que estudar. Acredite, eu gosto de saber o nome das cidades esquisitas do interior do Piauí. Gosto dessas loucuras e gosto até quando chega mais um e-mail da A. M. com um pepino qualquer de um PI de 3 meses atrás.
Gosto da hora do almoço, da comida caseira e da braveza da C. [b] R.. Gosto de dividir a coca-cola de cada dia com o A. [a] M., e, atualmente, confesso que tenho gostado um bocado dos milhares de sucos que tenho experimentado. Gosta dessa promessa, mas gosto também dos desejos incontroláveis (na verdade, sempre controlados) de quebrá-la. Gosto de ser perseverante.
Gosto de voltar ao trabalho chupando picolé de morango. Gosto da cocada e gosto, também, do chocolate que compro todo dia.
Gosto de, as vezes, assim, no meio da tarde, fugir com o N. [m] J. para comprar suco e mais chocolate. Gosto dessa quantidade de glicose que ingiro todos os dias. Gosto da minha vida não saudavel e da falta de prática em certos esportes.
Gosto de ficar depois do horário, das piadas que rolam depois do horário, dos programas que rolam depois do horário. Gosto de como meu trabalho rende depois das 18h.
Gosto de caminhar até meu carro e de voltar pra casa. Gosto as vezes de cortar pelo acostamento, as vezes gosto de ficar parada no engarrafamento curtindo uma música engraçada. Gosto de fechar os vidros e dançar. Gosto até de como algumas pessoas olham me achando meio louca, mas no fundo com vontade de fazer o mesmo. Gosto das músicas bregas que escuto vindo dos carros ao meu redor.
Gosto de ir pra faculdade e estar sempre atrasada. Gosto de subir as escadas correndo e de fazer os caminhos mais longos para encontrar mais gente.
Gosto de, mesmo cansada, assistir a aula até o último segundo e ficar de papo furado depois do horário. Gosto quando saio da faculdade e não preciso pagar o estacionamento.
Gosto de chegar em casa e tomar aquelas sopas de pózinho que só precisa esquentar a água. Gosto de biscoito com toddynho e gosto também quando tem comida da mamãe.
Gosto de entrar na internet antes de dormir. De entrar no O. só para desejar parabéns, de t. a minha falta de tempo para o T. e de rir do F. do W. [f] B..
Gosto de deitar e repensar meu dia, de rir das bobagens que ouvi e de me preocupar com as coisas chatas. Gosto de planejar um dia completamente diferente, mas gosto de dormir sabendo que no dia seguinte só vai haver uma rotina me esperando.
Gosto de pensar todos os dias como a rotina que eu escolhi pra mim me faz bem e de como você tem culpa nisso.
Gosto de conversar com Deus.
Gosto de fechar os olhos e dormir.
Eu gosto da minha rotina. Gosto de como acordo todo dia com o mesmo pijama cor de rosa de 3 anos atrás, aquele com um sapinho bem feio na frente e umas estrelinhas no shortinho...
F. [s] T.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Para o meu desamor.

Brasília, 13 de julho de 2010.

N. S.,

Quanto tempo não te escrevo. A quanto tempo eu não digo minhas bobagens pra você, na verdade, acho que faz tempo que eu não deixo de ser personagem para ser só F. [s] T., ou melhor, acho que não quero mais ser [s], fico apenas com o F. T. hoje.
É que essa coisa de estar sempre bem, de ser sempre forte, ou até mesmo de ser menininha, cansa. Dá um trabalho fora do sério. Sem contar na forma que faz mal a minha inspiração.
Nos últimos dias, não conseguia escrever. Simples assim. Não escrevia sobre nada. Nem sobre o que tinha acontecido no meu dia, nem sobre meus amores.
E sabe o que percebi? Minha imaginação não feita de amores, mas sim dos meus desamores. Dos meus anseios de querer ficar sozinha, e ainda assim estar bem. Minha imaginação é feita da nossa nostalgia compartilhada.
É entrar no meu quarto, ligar o som com meu pop-rock-suave-romantico, deitar no meu tapete e olhar as estrelinhas que um dia colei no meu teto. Sim! Eu ainda faço isso.
Se lembra quando fazíamos isso? As tarde dedicadas ao "estudo" da física que sempre acabavam em duas adolescentes bobas comendo brigadeiro com morango e contando estrelas de mentira.
Os meus, os seus, os nossos desamores divididos na cumplicidade de uma eternidade jurada. Uma eternidade frágil, poética. Uma eternidade com prazo de validade.
Os poucos amigos. As injurias e mentiras. Os safados, cachorros e sem vergonhas. As idas e vindas de um amor desgastado.
Os seus desamores.
A independência mascarada. A vontade de colo. O desejo de estar rodeada de pessoas. As pessoas que nem sempre querem estar ao teu redor.
Os meus desamores.
Um festival. Um chiclete cor de rosa sabor morango. Uma carta trocada rapidamente no corredor enquanto os professores não chegavam. Uma lágrima. Um futuro presente feito de passado.
Os nossos!
Os seus, os meus e sempre os nossos desamores.
É disso que somos feitas. E não necessariamente, é isso que nos prende.

F. T., sem [s], assim, como você se lembra de mim.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Para acompanhar um bombom e um sorriso.

[Atemporal]

"Meu amor por você é como esse chocolate,
seu cheiro me faz fechar os olhos pra não misturar os sentidos,
seu sabor mexe comigo por dentro e ao final eu vou querer tudo isso de novo, sempre."

sábado, 15 de maio de 2010

Para um pedido de eternidade.

Brasília, 16 de maio de 2010.

P. [r] A.,

Queria colo, sabia?
Queria uma noite para falar bobagens até você dormir, te cutucar e voltar a falar mais e mais bobagens. Queria uma noite em frente ao P. É da qual você não entrar.
Uma garrafa de vodka, por favor, e de preferência acompanhada de algumas mágoas amorosas para se tornarem piadas.
Quero lágrimas transformadas em sorrisos e sorrisos transformados em gargalhadas. Quero um abraço longo e uma saudade pequena.
Posso pedir interurbanos mais baratos? E se não for abusar, por favor, me traga uma dose de carinho acompanhado de eternidade.
Te amo!
E sinto saudade como jamais poderia ter imaginado sentir antes.
F. [s] T.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Para ser guardado até ser merecido.

Brasília, 13 de maio de 2010.

Menininho,

Eu peço seu sorriso, seu abraço. As vezes, peço um dos seus beijos, mas só peço tudo de você porque sei que não posso ter o que realmente quero ter: me dê um pouco do seu amor, menino, me dê um pedaço do seu coração.
F. [s] T.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Para rasbicar um pedacinho de papel.

Brasília, 6 de abril de 2010.

F. [c] L.,

Sei que o destino reservou um pedacinho de tempo para que eu conhecesse alguém tão incrível quanto você. Mas tenho certeza que foi decisão do meu coração manter esse sentimento louco que poeta nenhum saberia denominar, mas que eu gosto de chamar de carinho.
Te gosto.
F. [v] T.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Para uma serenata.

Brasília, 15 de março de 2010.

C.,

A noite é curiosa. Ela quer saber e entender os amores, sentimentos e promessas que os jovens dizem. É por isso que ela é tão silenciosa, tão misteriosa. Ela se faz presente nesse silêncio, sempre na esperança de compreender o que ninguém pode explicar.
Foi quando a noite me conheceu e só de observar não pode entender um amor feito eu e você. Sim, você, C., transformou meu tédio em melodia, minha voz em canção, minha cabeça em coração.
Minha luta já não é a responsável por consumir minha força. O poder não importa se não for pra dividir com você. Glória e mundo justo é ter C..
C., C., C.. Entenda, noite, que eu quero que o mundo se exploda se eu não tiver o amor dessa menina. Entenda, menina, que eu sou o bobo da sua noite, eu sou o homem da sua vida.

L. C.

~Baseado em um filme [da vida real].~

quarta-feira, 17 de março de 2010

De um novo e constante colaborador.

Algum lugar, qualquer dia.

M. [nuvem] S.,

Dizem que a paixão dá e passa
Mas em mim ela é cada vez mais forte
Dizem que a paixão é nuvem
Solta no céu à sorte

Mas se a paixão é nuvem
O amor o que é?
É o botão que floresce na margem
Com a chuva que lhe rega o pé.

M. S.

~Pra provar que cartas vão além de páginas e páginas rabiscadas. Pra contradizer as regras de data, local e qualquer detalhe pré-estabelecido.~

Agradecimento a M. S.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Para homens, meninos e afins.

Brasília, 8 de março de 2010.

Meus meninos,

Hoje vi um comercial em homenagem ao dia da mulher e como uma boa publicitária reparei nas imagens, no contexto, na fotografia, iluminação e essas coisas que ninguém "normal" costuma reparar muito. Mas acho que mais do que boa publicitária, fui uma boa menina metida a escritora, reparei no texto, o escutei com atenção e no fim me senti ser humano, fato! Com o "sofisticada engenharia feminina" veio uma série de coisas malucas a mente e um arrepio da cabeça aos pés.
É que todo homem deveria saber certas coisas que parecem ser tão bobas, mas são tão marcantes pra uma garota, tipo um pré-requisito sabe? Talvez, se soubessem e entendessem isso, não achariam que toda mulher é maluca, pirada e complicada. Acredite, somos simples. Gostamos do simples. Queremos o simples.
O simples sorriso de quem acaba de acordar do lado da mulher dos seus sonhos. O simples jeito de pegar na mão, de falar ao telefone, de olhar, beijar, o jeitinho de mexer no cabelo dela enquanto ela fala com você. Detalhes, o segredo são os pequenos gestos.
Eu continuo com minha teoria de que pessoas vem e vão, mas os momentos se eternizam pelas lembranças e marcas deixadas por essas pessoas. Deixar ou não uma marca, varia da memória que você quer que as pessoas da sua vida tenham.
Uma marca pra uma mulher, vai além de flores, chocolates ou presentes caros. Na maioria das vezes o charme está no cartãozinho, na embalagem personalizada ou nos "mimos" que você passa horas preparando na madrugada. Reparem em como um olho feminino brilha com essas coisas que parecem tão bobas, pois é, eles brilham e vocês deviam dar mais valor a isso.
Então, homens, sejam minuciosos, sejam simples. E assim, simplesmente amaremos vocês.
F. [s] T.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Para um puxão de orelha as vezes necessário.

Brasília, 04 de março de 2010.

F. [s] T.,

Sim, você mesma! Acorda menina. O que tem feito com você? O que tem feito por você? Com as pessoas a sua volta? Com quem te ama e te quer bem? Pra quê tanto valor a pessoas pequenas? Te vejo no meio de uma multidão e ainda assim consigo te vejo solitária, te vejo triste e cabisbaixa.
Consigo notar em você pequenos gestos, sinais quase que imperceptíveis. Imperceptíveis pra quase todos, não pra mim. Eu te conheço, pequena, eu te conheço.
Sei que você olha várias vezes pra porta quando está em um ambiente fechado, sei que você rói as unhas quando está esperando algo ou alguém. Você fecha os olhos quando sorri, não controla sua gargalhada quando ela é espontânea mesmo e odeia quando alguém te vê chorando. Você se faz de forte, adora contar os problemas pequenos só pra ter colo, mas quando algo realmente te incomoda você guarda só pra você. Porque, menina? Pra quê sofrer sozinha?
Você morde os lábios quando fica sem saber o que dizer, o que é raro, mas acontece. Você é a típica simpática-tímida. As vezes menina do sorriso aberto, sempre do coração fechado.
É por conhecer cada sinal do seu corpo, por entender cada gesto e pensamento seu que eu digo: menina, não tente ser tão mulher, seja mais menina, seja mais "moleca", seja a serelepe que você colocou de férias por tempo indeterminado. Tira ela do castigo, menina, deixa ela brincar um pouco.
É que ser menina é mais fácil sabe, menos doloroso. É quando você não importa se as pessoas vem ou vão, mas principalmente você não se importa com o porquê disso. Porque te deixar, te iludir, te enganar, virar as costas e simplesmente ir. Não importa! Não importa o que te façam, você nunca vai estar sozinha, você nunca vai desejar a solidão. Você não vai estar numa multidão e ser sozinha, você estará sempre muito bem acompanhada, seja por pai, mãe, amiga antiga, amiga nova, ou de ninguém. Pode ser apenas você e ainda assim ser reconfortante.
Menina-mulher, não tenha medo de não crescer.
Você tem uma vida inteira pra isso, confia em mim.
F. [s] T.
~Desafio de M. S.~

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Para alguém que sabe como deixar saudade.

Brasília, 23 de fevereiro de 2010.

C. L.,

Amanhã é um dos dias do ano que sinto mais falta de você, mais falta do seu carinho e da sua presença no meu dia-a-dia. Confesso que sinto falta de tanta coisa. Falta dos abraços, dos chocolates, das conversas bobas e até das broncas. Sinto falta do interrogatório: "quem?", "quando?", "onde?", "como?", "faz o que da vida? mora com os pais? tem certeza que ele não tem um caso oculto?" Rs. Sinto falta de mesmo depois disso tudo você dizer: -Ele não é homem pra você, F.. Ninguém nunca será.
Sinto falta do seu jeito estabanado, dos cachinhos bons de fazer cafuné, de chorar em silêncio enquanto te abraço, das DR's de um relacionamento que já acabou a meses, de rir feito uma louca sem nem saber porque estou rindo, das piadas nerds e do olhar de cachorro 'pidão', você consegue até que eu deite pra você passar por cima com ele. Sorte a minha você ser bonzinho demais pra isso. Rs.
Queria te abraçar, te apertar, te jogar cima amanhã, mas não posso. A distância física não me permite algo assim. Mas mais que a distância física que passou a ser apenas a desculpa usada pra frieza dos abraços, dos toques, do jeito, sinto que há algo mais.
Há medo de sorrir, há medo de abraçar, há medo de se envolver. Envolver. Quando foi que deixamos de nos envolver? Quando foi que deixamos de olhar nos olhos? Quando foi que paramos de contar nossas verdades, nossos segredos, nossos amores e desamores? Porque você nunca achou que eu fosse notar né?
Quem lê ou vê essas coisas, esses mal traçados gestos, acha que nosso amor é eterno. Acha que essa é uma verdadeira carta de amor. Era pra ser. Ser eterno, moderno, puro e brega. Rs. Era pra ser amizade, mas era pra ser nosso.
Eu, aqui, jurando eternidade quando te ensinei que quem faz o pra sempre sou eu, ou você. Ou a nós. Você tem esse efeito em mim. Você me faz sentir coisas que nunca senti, coisas que não sei explicar, coisas que tenho vontade de ter e ser pra sempre. Ah, se todos a minha volta me fizessem sentir ou ser única assim.
Sei que minha vez passou, minha chance foi dada. Sei que é vez de outra garota, uma paulista como palpite, se sentir assim. Se sentir completa, se sentir mulher, se sentir sua. E ser sua tem um significado maior que não ser de mais ninguém, é mais o poder ser de quem quiser, poder ser de todo mundo e simplesmente não querer mais ninguém que não seja você. Quem dera toda mulher pudesse ser assim, conhecer um carinha assim, como você, sensacional.
Volto a dizer que queria te abraçar, te apertar, te jogar pra cima. Sei que não posso e prefiro acreditar que a distancia física me impede. Mas ela não me impede de escrever todo esse meu egoísmo que é sentir saudade de você.
Te amo, na pureza desse sentimento
que dividimos no nosso pra sempre.
F. [s] T.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Para dar fim a uma falsa solidão.

Brasília, 16 de fevereiro de 2010.

Querida K.,

Pra onde foi a minha inspiração? Do que foi feita a menina forte e cheia de assunto? Qual o problema com o bendito ponto final?
Demorei a achar alguém que verdadeiramente merecesse a tão difícil carta da "volta da F. [s] T." e sabe, acho que era por isso que nada saia. Ninguém merece uma carta como essa: uma carta cheia de crises internas e sentimentos repreendidos, cheia de medos e indecisões. Eu precisava de alguém como a A. F. precisou para contar seus dias tenebrosos naquele esconderijo. Acho que estou entendendo como ela se sentia.
Escrever vai além do desabafo em si, vai além de sentir o alívio instantâneo de colocar pra fora sentimentos presos. É ter uma companhia na ausência total de qualquer pessoa.
Acho que todo mundo deveria escrever para alguém que não existe, talvez assim a gente deixasse de se achar tão solitários.
"É impossível ser feliz sozinho."
Nos últimos dias passei a entender que solidão vai além de não ter alguém físico ou psicologicamente presente. Você pode ter várias pessoas próximas, receber vários telefonemas e ainda assim estar só no meio da multidão. Como também pode estar em um quarto vazio, apenas com papel e caneta, e ter a sensação de estar muito bem acompanhada.
A solidão é e vai além de todos os conceitos agregados a ela. Na verdade, ela se relaciona muito melhor com o desejo de se estar ou não só.
E desejar a solidão é completamente compreensível quando se tem prazo pra que acabe. E logo digo: meu desejo acaba aqui!
E quando me cansar de todos os outros, sei que ainda terei você, minha querida K., como a A. F. também tinha. Mais que folha e caneta, a sensação de estar bem, muito bem, acompanhada.
Com amor,
F. [s] T.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Para responder a escolha de um adeus.

Brasília, 08 de fevereiro de 2010.

A. B.,

Parei e pensei, sim, voltei a pensar em você, em como você era especial e o quão sacana você foi pra deixar de ser.
Lembro de, nos primeiros meses, você fazer um esforço enorme para me apagar aos poucos da sua vida. Recados, depoimentos, fotos. Um recado da minha mãe e uma última marcação que havia no seu coração em uma foto antiga. Deletadas uma a uma. Cada atitude era uma forma de tentar apagar uma lembrança e um jeito dolorido de deixar uma marca ruim.
Simplesmente parei de te reconhecer.
Vez ou outra você aparecia como visitante ou uma desculpa esfarrapada. Um papo furado, uma pergunta sem noção. Por mais que não significasse nada pra mim, era um jeito de dizer que algo da nossa história ainda tinha valido a pena, ainda tinha ficado nem que fosse apenas para ser lembrada. Bem ou mal, mas lembrada de alguma forma.
E agora, um ano depois, você apaga de vez a última coisa que restou. Você escolheu me afastar, pena ter escolhido a forma errada de fazer isso. Mas agora é tarde, e a atitude foi tomada. O que eu realmente ainda me pergunto é porque um ano depois? Pra quê tanto tempo? Foi preciso tanta coragem assim pra fazê-lo?
Bom, ao contrário do que você pensa, eu sou uma boa e.-n., e mais que isso, sou uma boa amiga. E como prova, farei pela última vez o que você quer: me afastar. Espero que você não se arrependa disso, porque tem coisas que não se pode voltar atrás, essa é uma delas.
Obrigada por me entregar assim, o ponto final que eu precisava pra essa história.
F. [s] T.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Para um, talvez, sentimento desconhecido.

Brasília, 25 de janeiro de 2009.

G. [a] G.,

To lead a better life, I need my love to be here, mas você não está e eu me vejo perdido nisso que chamei de vida e insisti em levar adiante sem você. Living is easy with eyes closes. Misunderstanding all you see, it's getting hard to be someone.
Sinto um mundo me esperando lá fora, pessoas novas, idéias novas, objetivos novos. Novos amores. Uma vida inteiramente feita pra mim, apenas, esperando alguém para vivê-la, esperando que eu a viva, mas no fundo sempre saberei que of all these friends and lovers, there is no one compared with you. And these memories lose their meaning when I think of love as something new.
É como se as vezes, me pegasse não querendo ver o que acontece ao meu redor. Não querer saber de quem ou do que me rodeia se não tem haver com você. Eu quero a escuridão se for pra viver sem você. And when the nigth is cloudy, there's still a light that shines on me. Shine until tomorrow, let it be... Você é minha luz, você é quem me guia, você é quem me da força e vontade de recomeçar a escrever uma história, a nossa.
Nos nossos 20 meses juntos, tudo o que podia dizer é que when I touch you I feel happy inside. It's such a feeling, that my love, I can't hide. Sentir seu lábio, seu toque, seu calor, sentir seu corpo, tudo isso é transformar nós dois em um apenas.
Mas minha mente insiste em se confundir dentre tantas lembranças. Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my opened mind possessing and caressing me. Thoughts meander like a restless wind. Limitlesss undying love, which shines around me like a million suns and calls me on and on across the universe. Como deixamos nossa linda história de amor se tornar toda essa insegurança, quando deixamos que isso acontecesse?
I want her everywhere, but to love her is to need her. E, hoje, sei que preciso deixá-la ir, mas mais que isso, preciso ir também. Though I know I'll never lose affection for people and things tha went before ou depois, I know I'll often stop and think about them, in my life, I'll love you more. E é por tanto te amar, que hoje nos faço permitir que sigamos caminhos diferentes.
Closer your eyes and I'll kiss you. Tomorrow I'll miss you. Remember I'll always be true. Sempre verdadeiro.
Te amo acima de todos os pesares
e te deixo, por assim, tanto te amar.
F. L.

~Um velho jeito de se escrever com mais um codinome. Dessa vez, uma promessa cumprida para um talvez sentimento desconhecido.~

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Para quem não conheço e pareço saber tudo.

Brasília, 14 de janeiro de 2010.

T. I.,

Tem semanas que procuro algo verdadeiramente inspirador, alguém que mereça uma nova carta por aqui. Não que minhas mal traçadas linhas aqui sejam algo de grande valor, mas hoje penso que as coisas não acontecem assim por acontecer e fim, é algo que vai além disso, é fazer por merecer.
Quando digo fazer algo, não significa algo grandioso ou esplendoroso. Na maioria das vezes, as pequenas coisas são muito mais lembradas do que os grandes atos heróicos, pelo menos é assim que funciona no dia-a-dia da gente e isso não se aplica as chatas aulas de história da Grécia. De que adianta ser o vencedor de uma grande guerra, se, no fundo, as pessoas sorriem verdadeiramente quando estão diante de uma história boba de paixão adolescente?
É como no amor, não adianta você apenas sentir, todo mundo sente, sabe? Demonstrar também não é o grande lance da coisa, foi-se o tempo que era. É a forma! A forma como sente, como age, como demonstra, como se toca a pessoa amada. Uma declaração dita ou o som da respiração perto do ouvido? A sutil diferença nisso é que faz uma noite de amor se tornar uma grande noite de amor.
E foi isso que eu senti hoje, lendo seus rabiscos. Era como se estivesse deitada na minha cama ouvindo você, sentado na cadeira próximo, bem próximo, de mim, ler aquela história de paixão pelo o que você faz. Pude ver seus olhos brilharem, pude sentir os meus brilharem. Tive de novo aquela boa e velha sensação de estar fazendo algo que se gosta, gosta não, se ama fazer.
É isso que você fez por mim, me fez sentir de novo o quão bom é escrever, é ser realizada. E é por essas e outras que hoje essa carta é sua e de mais ninguém. Te dou mais do que um texto bobo, te concedo um direito nunca dado antes: o de ter um sentimento meu que é só seu e de mais ninguém. Uma pena que eu não saiba explicar que sentimento é esse, mas sei que ele vai além da gratidão por ter reacendido essa coisa boa dentro de mim e vai mais além da admiração que sinto por você hoje.
Um boa noite com direito a um sorriso bobo.
F. [s] T.