segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Para responder a escolha de um adeus.

Brasília, 08 de fevereiro de 2010.

A. B.,

Parei e pensei, sim, voltei a pensar em você, em como você era especial e o quão sacana você foi pra deixar de ser.
Lembro de, nos primeiros meses, você fazer um esforço enorme para me apagar aos poucos da sua vida. Recados, depoimentos, fotos. Um recado da minha mãe e uma última marcação que havia no seu coração em uma foto antiga. Deletadas uma a uma. Cada atitude era uma forma de tentar apagar uma lembrança e um jeito dolorido de deixar uma marca ruim.
Simplesmente parei de te reconhecer.
Vez ou outra você aparecia como visitante ou uma desculpa esfarrapada. Um papo furado, uma pergunta sem noção. Por mais que não significasse nada pra mim, era um jeito de dizer que algo da nossa história ainda tinha valido a pena, ainda tinha ficado nem que fosse apenas para ser lembrada. Bem ou mal, mas lembrada de alguma forma.
E agora, um ano depois, você apaga de vez a última coisa que restou. Você escolheu me afastar, pena ter escolhido a forma errada de fazer isso. Mas agora é tarde, e a atitude foi tomada. O que eu realmente ainda me pergunto é porque um ano depois? Pra quê tanto tempo? Foi preciso tanta coragem assim pra fazê-lo?
Bom, ao contrário do que você pensa, eu sou uma boa e.-n., e mais que isso, sou uma boa amiga. E como prova, farei pela última vez o que você quer: me afastar. Espero que você não se arrependa disso, porque tem coisas que não se pode voltar atrás, essa é uma delas.
Obrigada por me entregar assim, o ponto final que eu precisava pra essa história.
F. [s] T.

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