domingo, 4 de novembro de 2012

Para a saudade de um amor contido.

Brasília, algum dia de algum mês do ano de 2005.

C. L.,

Essa não é mais uma carta de amor. São pensamentos soltos traduzidos em palavras pra que você possa entender o que eu também não entendo.
Amar não é ter que ter sempre certeza, é aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém.  É poder ser você mesmo e não precisar fingir, é tentar esquecer e não conseguir fugir.
Já pensei em te largar, já olhei tantas vezes pro lado, mas quando penso em alguém é por você que fecho os olhos. Sei que nunca fui perfeito, mas com você eu posso ser até eu mesmo que você vai entender. Posso brincar de descobrir desenho em nuvens, posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis, posso tirar a minha roupa, posso fazer o que eu quiser, posso perder o juízo, mas com você eu to tranquilo.
Agora o que vamos fazer? Eu também não sei. Afinal, será que amar é mesmo tudo?
Se isso não é amor, o que mais pode ser? Estou aprendendo também.

F. [s] T.

~J. Q. cantando nosso amor adolescente.~

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