quinta-feira, 7 de abril de 2011

Para um sentimento já vivido, mas nunca escrito.

Brasília, 07 de abri de 2011.

A. [b] M.,

Você não é bonito. Passa longe dos galãs de filme que eu e minhas amigas suspiravamos pelos corredores do L. V., você é alto e desengonçado.
Você não sabe muio sobre botânica e sempre erra o nome das flores, você não entende de física e sempre confunde as leis de N., você não sabe de raíz quadrada, nem de logarítimo. Você conhece umas bandas que eu nunca ouvi falar e me mostrar uns filmes bizarros com corpos voando para todos os lados. Você não entende a diferença de comédia para comédia romântica e por mais que eu tenta explicar, você sempre diz no final: "então é só o beijo que faz dela romântica ou não?" Você parece não ter tato nenhum, química alguma comigo, mas então, porque? Porque eu não tiro esse menino bobo da cabeça, porque teu toque me da calafrio, porque eu insisto em tentar e tentar e tentar de novo, como se fosse possível mudar radicalmente, como se fosse possível se adaptar. As minhas amigas não param de me perguntar porque eu perco tanto tempo com você. A gente não combina sabe? Eu sou espontânea e você o menino tímido da outra escola. Não posso evitar em pensar nessas coisas, em me questionar, e ao mesmo tempo não posso quebrar a promessa de ser sincera.

Desculpa, mas é que as vezes me esqueço e preciso ser lembrada...

T. A. N. mesmo sem um porquê.
F. [s] T.

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