quarta-feira, 23 de março de 2011

Sobre mulheres como eu.

Brasília, 23 de março de 2011.

a. b.,

Ela é assim. Assim quieta, assim feliz, assim na dela. Ela é assim, assim mistério, segredo.
E se ela vive do ócio? E se ela trabalha até tarde? E se ela gostar de cerveja e não gostar de vinho?
E se ela prefere o F. ou o B.? E se ela não suportar futebol? E se ela for S. como eu? Mas e se não for? E se ela mudar de time por mim? E se ela sorri e me provoca torcendo pro C.? Ela tem cara de quem gosta de provocar...
Sim! Cara. Você sabe como e... Oras, aquele sorriso no canto da boca, aqueles olhos entreabertos pensando em como me ferir. A risada no final e o toque da mão no meu ombro dizendo: "É brincadeira, a."
E se ela não gostar, se não gostar de pizza, e se ela for vegetariana... E se ela não gostar de mim?
Se ela não gostar do meu cabelo, se ela não gostar da minha camisa com desenhos de história em quadrinho, se não gostar do meu all star velho? E se ela não achar que eu fico bem de terno?
E se ela tiver uma mania estranha? Se ela roncar? E se eu roncar? Se o pé dela for gelado, se a mão for quente...
E se o beijo não for bom? Mas e se for...
E se eu me apaixonar? (!)
E no meu se, eu a deixei partir, sem ao menos saber se ela me diria seu nome...
c. d.
~De F. [s] T.~

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