R. L.,
Oi amigo! Tudo bom? Acho que nunca te escrevi uma carta antes, mas nos últimos dias tenho dividido todas as minhas angustias amorosas com você seja na faculdade ou no Tio Juca que ninguém mereceria mais essa carta do que você.
Pois é... Que semaninha viu?! Passei a noite pensando no quanto sou uma pessoa que não sabe ter um relacionamento, ou pelo menos, não sabe manter um. Será que sou baixa demais? Gorda demais? Chata demais?
Será que é esse meu jeito de sorrir pra todos, de cumprimentar todos, de abraçar, de beijar e dizer que gosto de todo mundo? Será que é a quantidade de amigos homens que tenho? Desde quando isso significa ameaça pra vocês, homens? Tanta coisa que não entendo e que não saem, ou melhor, saiam, da minha cabeça.
Passei meses pensandos que as pessoas se apaixonavam por mim exatamente por essa espontaneidade e não, agora, já acho que é ela que afasta os meninos de mim. Será que to certa? É isso ou não é? Malditas sejam as dúvidas viu?!
Mas sabe... Pensei nisso tudo ontem, anteontem e ante-anteontem e no final de tudo cheguei a uma conclusão. NÃO! O problema não sou eu, são eles! Ainda não nasceu um homem pra entender meu "jeito liberdade" de ser. E quer saber? Não ligo, não mais.
Pra estar comigo, agora, é preciso saber me acompanhar, baby. ME acompanhar!
Beijos
F. [s] T.