quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Para uma auto compreensão.

Brasília, 22 de outubro de 2009.

R. L.,

Oi amigo! Tudo bom? Acho que nunca te escrevi uma carta antes, mas nos últimos dias tenho dividido todas as minhas angustias amorosas com você seja na faculdade ou no Tio Juca que ninguém mereceria mais essa carta do que você.
Pois é... Que semaninha viu?! Passei a noite pensando no quanto sou uma pessoa que não sabe ter um relacionamento, ou pelo menos, não sabe manter um. Será que sou baixa demais? Gorda demais? Chata demais?
Será que é esse meu jeito de sorrir pra todos, de cumprimentar todos, de abraçar, de beijar e dizer que gosto de todo mundo? Será que é a quantidade de amigos homens que tenho? Desde quando isso significa ameaça pra vocês, homens? Tanta coisa que não entendo e que não saem, ou melhor, saiam, da minha cabeça.
Passei meses pensandos que as pessoas se apaixonavam por mim exatamente por essa espontaneidade e não, agora, já acho que é ela que afasta os meninos de mim. Será que to certa? É isso ou não é? Malditas sejam as dúvidas viu?!
Mas sabe... Pensei nisso tudo ontem, anteontem e ante-anteontem e no final de tudo cheguei a uma conclusão. NÃO! O problema não sou eu, são eles! Ainda não nasceu um homem pra entender meu "jeito liberdade" de ser. E quer saber? Não ligo, não mais.
Pra estar comigo, agora, é preciso saber me acompanhar, baby. ME acompanhar!
Beijos
F. [s] T.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Para reescrever velhos sentimentos.

Brasília, 15 de outubro de 2009.

M. [a] A.,

Todo dia minha saudade de você aumenta um pouquinho. Esse sentimento de ausência vem crescendo e crescendo, tomando conta dos meus pensamentos e deixando sempre um gostinho de nostalgia.
Todo dia ligo meu computador e gasto, sem pressa de acabar, 5 minutos do meu "precioso" tempo olhando tua foto. Sim, precioso entre aspas, porque tempo nenhum vale mais do que a sensação que sinto ao te olhar. Não é atoa que o papel de parede do meu computador é uma foto sua, sabe... Um pequeno detalhe que me deixa te sentir um pouco mais perto de mim.
Todo dia, também, descubro que tem mais e mais pessoas que te amam, como eu, a minha volta. Descubro o quão você é querido e me recordo porque te escolhi como meu anjinho. Tenho me deparado, com certa freqüência, confesso, com pessoas que te conhecem e que gostam muito de você, pessoas que me perguntam de onde te conheço e é com um brilho puro e verdadeiro, o mesmo brilho que sei que está nos meus olhos enquanto te escrevo essa carta, que respondo que você é minha constante: constante amor, constante saudade, constante querer bem alguém.
Todo dia sinto que todo esse sentimento bom misturado com a saudade que sinto de você só faz crescer e crescer cada vez mais. Mas isso, acho que deve ser graças a facilidade que é te amar hoje e sempre mais.
É assim, te amo e é por isso que sinto sua falta
e por sentir sua falta é que sei que te amo mais e mais.
Beijos
F. [s] T.

sábado, 3 de outubro de 2009

Para parar de brincar.

Brasília, 3/12 de outubro de 2009.

K.,

Eu não tenho muita coisa pra dizer.
Eu não tenho o mundo pra te dar, uma canção que faça a rima parecer melhor quando você está.
Eu não sei porque a gente tem que entender se por acaso ninguém precisa explicar.
Preciso de um verso apenas pra dizer que com você tudo muda.
Dias de sol, só com você, com direito a horas a mais e rimas iguais, como eu e você.

A um tempo atrás, comecei a escrever essa carta com um propósito tão diferente do de hoje. Pela primeira vez fui em editar e ao invés de apagar resolvi realmente editar algo que já tinha começado a escrever.
Um carta romântica, com um belo inicio. Uma música doce e suave. Pura como o sentimento que ela deveria transparecer: Carinho! E agora é apenas palavra num papel.
Rascunho de um sentimento que acabo de descobri que nunca existiu. É sentir que fui um pedaço de carne e que valia tudo pra ter no prato.
Abrir a porta do carro, presentear, sorrir, elogiar e dizer 'eu amo você' podem não significar o que deveriam. Sinto que participei de um jogo do qual nem sabia que existia, sinto que não quero passar de novo e de novo por isso, pois a sensação de game over não é nada satisfatória.
Não consigo parar de pensar nas coisas que ouvi, nas coisas que ele fez pra destruir o restinho de admiração e das boas lembranças que tinha de nós dois juntos. Como pode você amar alguém por tanto tempo e de repente, nos 10 segundos que se leva pra pronunciar uma frase, tudo deixa de ter sentido?
Porque passei tanto tempo sorrindo quando o nome dele aparecia na tela do celular, quando a janelinha do MSN subia, quando ele dizia que só queria ouvir minha voz? Pra quê tanta saudade, tantos beijos, tanto brilho no olhar? Pra quê tudo isso se num futuro isso nada significaria?
E a pior parte disso é a sensação de ter me afogado novamente nesse sentimento louco. E agora? Como faço querida K.? Acho que não quero mais brincar dessa coisa que é me apaixonar.
F. [s] T.