domingo, 18 de janeiro de 2009

Para a espera de um encontro.

Brasília, 18 de janeiro de 2009.

G. L.,

Fiquei hoje aqui pensando no tanto que foi horrível saber que você estava tão perto sem que eu pudesse te ver. Depois disso, comecei a pensar nos poucos dias que faltam para que a gente fique assim, pertinho, de novo.
Tô vendo que esses 3 dias que faltam vão ser cheios de expectativas do lado de cá. Pensar que vou te ver, te abraçar e rir daquele tanto que costumamos fazer. Ê Laiá... Rs.
Mas enfim... Como está tudo por ai? O namoro, a vida de advogado... Tudo azul?
Por aqui continuo na mesma correria de quando nos falamos pela última vez. O recesso da agência já se foi; ao invés dos trabalhos finais, são os preparativos da viagem que tomam a maior parte do meu tempo; e comecei aquele processo "super" divertido para tirar a CNH. Uhull! Pensa no perigo nas ruas de B.. Rs.
Nossa, acho que consegui te contar tudo o que aconteceu nos últimos 2 meses em 4 linhas. Já sei! Você quer os detalhes ne?! Esses ficam para eu te contar pessoalmente ok?!
Fico por aqui, ainda com muita saudade.

"Conto os dias, conto as horas pra te ver."
Beijos
F. [s] T.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Para uma nova estagiária.

Brasília, 13 de janeiro de 2009.

C. R. ,

Primeiramente, parabéns pelo "novo" emprego. Espero que o departamento e toda a M. C. atenda todas as suas expectativas e que o tempo que você passar aqui te mostre o caminho a ser seguido depois da formatura. E se não mostrar? Ah... Já é algo a menos para depois de receber o canudo.
Pensamentos positivos, meu bem! Pensamentos Positivos!
É disso que você vai precisar daqui pra frente. Nem sempre é fácil o cotidiano, vai ter dia que você vai se sentir cansada, sentir que não tem nada pra fazer, vai querer matar metade do departamento (e olha que metade dele sou eu hein - rs), mas não é só isso. A parte boa acaba sempre compensando. Aquela coisa de missão cumprida, trabalho bem feito e a vontade de 'que venha outro job' é sempre maior e mais prazerosa.
Caminharemos juntas a partir de hoje. Trabalhar junto é complicado, sim, eu sei, mas também traz pequenos prazer e grandes cumplicidades. Nessa nova jornada é isso que espero de nós 3 juntas: CUMPLICIDADE. Ela vai ser fundamental para conseguirmos atingir nossos objetivos.
O resto? Ah... O resto vem com o tempo. Ele também será seu grande aliado. Gosto de dizer que 80% é força de vontade, o querer, e os outro 20% tempo e paciencia.
No mais, bem-vinda a família!
Um beijo
F. [s] T.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Para uma 'velha' caloura.

Brasília, 05 de janeiro de 2009.

J. [c] J.,

Olha só se não a minha menina fazendo aniversário. Mais 1 aninho hein?! Puff... Tão clichê isso, credo!
Começando de novo...

J. [c] J.,

Sabe o que lembrei agora? Lembrei que já vão fazer 2 anos que a gente se conhece. 2 anos já?! Incrível... O que não era pra ser nada virou tudo isso, ou melhor, tudo (de bom) isso.
Foram tantas risadas, tantos abraços, lágrimas, stress e tempos de 8. Foram tantos "contra-tempos" no duplo sentido que a palavra tem pra gente. Rs. Tantos pequenos detalhes, fragmentos de instantes que foram se juntando e formando isso que existe entre a gente. Esse sentimento, essa amizade. Essa CUMPLICIDADE.
É J. ... Que isso seja apenas o começo, os primeiros anos de muitos e que, ainda, por muitos anos a gente possa comemorar essa data. Afinal, não é todo dia que Papai do Céu cede um de seus anjinhos pra nós, pobres mortais. Espero poder estar ao seu lado por muito muito muito tempo ainda.
Beijo, queijo e um pedaço de goiabada em cima.
F. [s] T.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Para uma vítima de cupido.

Brasília, 07 de janeiro de 2009.

G. [r] C. ,

Bom G., quero te fazer oficialmente um convite.
Tenho um amigo, o H. C., que está chegando da Argentina depois de passar um bom tempo por lá. Fiquei pensando horas num programa legal pra me encontrar com ele e rir por horas e horas seguidas das aventuras dele no país vizinho. Pensei num lugar legal, um barzinho talvez, algum canto que dê pra sentar e jogar conversa fora.
Ok, ok. Mas o que você tem haver com isso... É que nos últimos dias pensei em você com uma saudade tão grande que queria aproveitar pra matar 2 coelhos numa cajadada só.
Eu com todo o meu tempo disponível tenho que aproveitar as oportunidades para ver muitas pessoas ao mesmo tempo. Logo pensei em sair com esse meu amigo e com você. Uma coisa meio aventuras e nostalgia sabe?!
Aposto que nós vamos ter muitas histórias legais pra contar pra ele e vice-versa.
Ahh... Também não vou dizer que ele é moreno, alto, com barba por fazer e óculos, mas não do tipo nerd chato e sim intelectual divertido pra você não achar que é um encontro ok?! Porque não é! Pelo menos não por enquanto, quem sabe na semana que vem... Rs. Brincadeirinha.
Bem, espero que você tope o programinha. Será legal passar por isso com você.
Um grande beijo.
F. [s] T.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

De um [ex]namorado que deveria voltar a escrever.

Brasília, 24 de setembro de 2006.

Amô (F. [s] T.),

Você fez uma cartinha toda linda e agora vou responder. Primeiro que eu sinto seu sentimento puro e verdadeiro e isso é ótimo, me deixa muito feliz sabe? E cada vez mais e mais apaixonado. Aliás você já deve ta pensando como pode existir menino tão "apx" assim né?! Pois é... É que você é irresistível. Rs. Mas não vale ficar se achando ta? Hoje eu to bonzinho e feliz e vou fazer mil elogios. Então vai acostumando.
Minha pequena mais linda de todas. Ontem fez 2 meses de nós dois juntos ne? Mó bonito, mó bom. Pena que nem pude te ver, nem conversei com você direito. Agora pensa num menino com saudade de você até umas horas... Então: seu namorado oh.
Ah... Tava lembrando aqui de um trecho de um poeminha do Armando Freitas Filho que tem no seu livro:

~Amar
é mergulhar de cabeça
sem saber nadar
sem saber de nada.


Sabe... Se amar é isso mesmo, eu te amo muito porque eu amo cegamente, e acredito fielmente na reciprocidade desse amor. AMO! Simples assim. Porque não tem menina mais perfeita de todas, do colo mais gostoso de deitar, mais carinhosa, mais tudo pra mim, minha baixinha, o máximo de mulher no mínimo de espaço.
Eu to bobo ne?!
Então tá bom amorzinho. Chega de nhe-nhe-nhe senão você vai ficar se achando eternamente.
E eu nem cheguei aos pés da sua cartinha, mas o que importa é o que interessa ne?!
Durr.. Chega. Cansei.
Super beijo, amor.
Te amo namorada
A. [b] M.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Para uma saudade constante.

Brasília, 04 de Janeiro de 2009.

N. S. ,

Sabe quanto tempo eu não coloco a ponta do lápis num papel pra escrever uma carta? Tá... Não faz tanto tempo assim, mas eram sempre cartas para responder outras cartas ou pra dizer algo específico, nunca um “Oi, e ai como vai?”.
Tanta coisa aconteceu nos últimos tempos e o mais engraçado é o fato de eu nunca ter tempo pra dividir isso tudo com alguém. Porque a gente sempre esquece a melhor parte das coisas boas? E das ruins também. Dividir sabe?! Lembro quando a gente dividia até o bom dia do Zé da cantina.
É... A gente cresceu, o tempo “atoa” diminuiu e o próprio tempo tratou de nos afastar. Mas a pior parte nisso tudo é saber que a gente não fez nada pra impedir. Triste isso ne?!
Quanto às cartas, eu sinto falta delas. Estou até voltando a escrevê-las, mas não! Não se sinta obrigada a responder ou até mesmo a ler. O importante é que eu escreva e escrever pra você sempre foi tão fácil, tão “anestesiador”, lembra disso? Rs.
Fico por aqui e sempre aqui. E pra você um daqueles abraços apertados e demorados que só quem sente saudade pode dar.

F. [s] T.

O porquê.

Brasília, 05 de janeiro de 2009.
Caro leitor,
"Quando o assunto é complicado, nada melhor do que lápis e papel na mão. Se eu fosse falar ao telefone ele iria berrar de um lado e eu do outro e a gente não ia se entender nunca. Assim, por carta, a pessoa lê, engole na marra, mas pelo menos tem mais tempo pra digerir. E, quem sabe, até concordar."
[Depois daquela viagem - Valéria Piassa Polizzi]

Comecei a escrever quando tinha mais ou menos 13 anos de idade. Percebia que as pessoas não escreviam mais cartas, não sentiam mais o pequeno prazer de abrir a caixa de correio e encontrar um envelope endereçado a elas que não fosse a conta do cartão de crédito ou mesmo o prazer de escrever e deixar aquele sentimento registrado.
O tempo foi passando, a frequência com que as cartas eram escritas oscilava muito. Pessoas diferentes, assuntos diferentes, sentimentos e vontades diferentes.
Por todos esses anos colecionei palavras e papéis escritos por mim e por outros. Alguns respondiam, outros não, mas a reação de quase todos os destinatários eram iguais: sensação de que aquelas frases, aqueles fragmentos seriam eternos.
Essas reações e lembranças começaram a ficar grandes demais para que eu as guardasse sozinha, elas precisavam ser divididas com mais alguém. Sob influência de um amigo (H. C.) e apoio de outro amigo (A. [b] M.) surgiu a idéia do Blog. É como se os sentimentos não fossem mais só meus, mas do mundo, ou pelo menos parte dele.
Aqui você vai encontrar cartas escritas não em sequência cronológica, mas sim em "ordem de saudade". Das primeiras à últimas escritas, das entregues até as escondidas no fundo da caixa. Para pessoas presentes e ausentes nos dias de hoje.
Quanto aos nomes... Os nomes não importam, são apenas detalhes e por isso serão substituídos por iniciais dos próprios nomes e de seus 'nomes especiais', os famosos apelidos. Sentimentos não têm nomes, são apenas sentimentos. E no fim das contas, mesmo que escrita pensando numa única pessoa, as cartas depois de um tempo se perdem e criam sentidos próprios e significados singulares para cada um que a lê.
Divirta-se e aprecie sem moderação!
Um abraço.
F. [s] T.