quarta-feira, 14 de junho de 2017

Para um dia dos namorados cheio de amor.

Brasília, 12 de junho de 2017.

G. [a.] C.,

Eu pensei em mil coisas para te dar nesse dia comercialmente romântico, mas nada seria maior, melhor ou mais verdadeiro que o que eu te dei a 3 anos e 9 meses atrás: meu coração.
Fiquei pensando em quantas vezes escrevi para você ou sobre você nessas cartas, sempre reclamando de como nós não dávamos certo, como você me magoou, como eu te magoei, como nós nos esforçávamos para nos manter afastados ou como éramos ótimos amigos e péssimos amantes. Mas a verdade é que nunca escrevi para vocês sobre meu amor, sobre como você me faz bem e como sempre fomos tolos ao acreditar que o destino não ia nos juntar de novo.
Essa carta é pra dizer como hoje eu entendo que o nosso "pra sempre" sempre esteve escrito, não há 7 anos atrás, mas sim para começar em 2013. Nosso reencontro era certo, nossas vidas se cruzariam em um show bom com estrutura ruim, se estenderia por pizza de molho de tomate sentados na calçada e acabaria com o que a gente sempre valorizou: uma conversa sincera que não tinha absolutamente nada haver com a gente. 
Não existe palavra que defina melhor a nossa história do que cumplicidade.
Você sempre ouviu minhas lamentações. Eu ouvi as suas. E não poderia ter sido diferente quando eu te perdoei pela milésima vez por você ter sumido e você perdoou (também pela milésima vez) a minha ríspida sinceridade que sempre sai sem filtro as 02h da manhã.
Pronto! Amigos de novo, como a gente sempre acreditou que deveria ser. A verdade é que ainda acreditamos nisso, mas aprendemos que podemos ser amigos sem sabotar o amor que sentimos um pelo outro. Sem sabotar nosso destino de ficar juntos pra sempre, de construir a nossa família, de distribuir o amor pelo mundo com nosso riso frouxo que diz: você me faz feliz.
Tudo isso significa que não somos um casal perfeito, mas sim que temos nossas diferenças e que todos os dias aprendemos a conviver com elas e elas jamais superarão nosso amor.
Nesse dia [comercialmente romântico], eu não escolhi seu presente em uma vitrine. Eu escolhi dividir com você um pedacinho largado da minha vida que são essas cartas bobas de amores e [des]amores. Eu escolhi registrar tudo isso aqui pra você. Todo meu amor, minha gratidão, minha felicidade, minha vida, meu coração. Eu decidi dividir mais esse pedaço com você e agora, como você merece de fato. Sem tristeza, raiva, mágoa... Porque essas coisas não fazem e nunca fizeram de verdade parte da nossa história. O que tivemos foi um desejo (ridiculamente impossível) de nos afastar que mascaramos em palavras duras.
Termino aqui dizendo que sorte a nossa de se reencontrar e entender que viver separados é a maior bobagem que tentamos fazer nessa vida. Afinal de contas, onde houver o nosso amor, o amor prevalecerá. SEMPRE!
Obrigada por esse tempo aprendendo juntos cada dia mais.

Com [todo] amor que houver no mundo,
F. [a.] T.

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