terça-feira, 29 de novembro de 2011

Para ninguém ler.

Brasília, 30 de novembro de 2011.

Querida, K.,

Precisamos conversar e para falar tudo aquilo que não tenho coragem de dizer, mais uma vez, vou escrever uma carta.
O que você fez com minhas palavras? O que você com minha inspiração, com a razão de tudo isso, o que você fez com meus sentimentos?
Pra quem eu escrevo tudo isso? Por quem vivo, sinto ou demonstro todas essas linhas mais mal traçadas do que o velho ditado? Quem eu realmente espero que venha até aqui ler, se preocupar e entender todos os meus falsos sentimentos, minhas mentiras sinceras, meus desesperos e devaneios amorosos. Quem vive essa fantasia comigo?
Eu tenho medo querida K.. Tenho medo de acordar e descobrir que até eu não me importo mais com você.
Começo a não ver sentido em te escrever e ainda assim te escrevo. E o que me dói é saber que isso é uma forma de matar, mesmo que lentamente, aquilo que criei para o amor.
F. [s] T.

Nenhum comentário:

Postar um comentário