terça-feira, 28 de maio de 2013

Sobre as reticências.

Brasília, 29 de maio de 2013.

A.,

Na sua última carta, você me perguntou o que será do nosso amor e eu te pergunto se você conseguiu lembrar dos nossos planos, das viagens marcadas e nunca realizadas, da cor das persianas da casa que não tivemos, do Bull, o cachorro que não criamos. 
E de tanto imaginar, fantasiamos esse futuro incerto e, de todos os meus medos, o pior é imaginar o amanhã sem você, sem as viagens, casa ou sem o Bull. Sem qualquer ligação com você.
O que será do nosso amor, A.? Será, como sempre, o que nunca foi. 
Ah! Se eu pudesse voltar... Nosso amor seria feito de realidade e não de feitos não feitos.
Com essa carta vai junto o ponto final dessa história, por favor, só me devolva com reticências.
F. [s] T.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Para a despedida de solteira.

Ilha Bela, 14 de maio de 2016.

Você.

Cá estou eu com minha falsa insônia nervosa pensando em como passei anos da minha vida sonhando com o dia de amanhã. Sonhei com o sol brilhando levemente, uma brisa nos cabelos e a areia por entre nossos pés. Sonhei em não ter mais que sonhar em conhecer alguém pra vida toda. Agora eu tenho você. Sempre terei.
Foram tantos desamores até me deparar com o que é amor e amor é você. É seu sorriso de manhã, é você segurando minha mão enquanto dormimos, é seu corpo quente me envolvendo, é caminhar sem rumo, mas juntos. É esse desejo incontrolável de seguir no pra sempre que escolhemos e traçaremos daqui em diante.
E é por isso que digo obrigada. Obrigada por fazer com que, amanhã e todos os outros dias da minha vida, eu saiba o que vem depois do felizes para sempre.

Com amor,
Da noiva, futura sra. você