Brasília, 15 de junho de 2012.
Futuro [p] m.,
Amanhã será nosso grande dia e eu te escrevo, não para que você desista, mas sim para que você tenha certeza quando dizer convicto que estaremos juntos até que a morte nos separe (dramático isso, né?).
Bom, a verdade é que já passamos inúmeras noites juntas, mas o que você não sabe é que de manhãzinha eu acordo só pra ter certeza que você ainda está lá. Que eu as vezes eu te olho como boba por não acreditar que você realmente está e principalmente quer estar comigo.
Eu pego na tua mão para atravessar a rua, não é pelo medo bobo de atravessar a rua (mesmo que eu realmente tenha medo de atravessar a rua e você ache isso um medo-bobo-gracinha). Eu pego na tua mão pra me sentir segura.
Você não sabe, mas eu o d e i o dividir minha tortelete e adoro monopolizar o controle remoto, mas posso ceder (um pouco, bem pouco) por você.
Eu não entendo nada de futebol, mas aprendi a regra do impedimento só pra poder conversar contigo depois do jogo de domingo. Eu não entendo de futebol, mas adoro ir aos teus jogos, torcer, gritar e até xingar o juiz.
Eu tomo banhos demorados e muito quentes, me arrumo rápido só pra você dizer que ama como eu não sou aquelas menininhas indecisas na hora de escolher a roupa. A grande verdade é que escolho semanas antes a roupa que vou vestir nos nossos encontros.
E o último segredo é que você não sabe, mas toda noite eu falo baixinho com D., e não peço pra você estar sempre comigo. Eu só agradeço por nessa vida ter tido a chance de ter você.
T. A.
F. [s] T.